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“A descida da taxa de desemprego, registada no último trimestre de 2017, não deve dar lugar a euforias”, disse hoje Joaquim Machado.

Para o presidente dos TSD/Açores, o número de açorianos desempregados “continua a ser um problema social grave, pese embora a ligeira melhoria verificada, comparativamente a 2016”.

“Mas”, sublinha o dirigente social democrata, “o valor de 9% situa-se acima da média do país e muito aquém do que se registava antes da crise – 6,9% em 2010 –, então sem o efeito positivo que o turismo trouxe para o mercado de trabalho nos Açores”, regista.

Segundo Joaquim Machado, “há cerca de 17 mil açorianos sem emprego, considerando que mais de 6 mil pessoas estão integradas em programas ocupacionais, portanto, sem emprego ou sequer qualquer contrato a termo certo”, adianta.

“Aliás, o número médio de trabalhadores ocupados vem a crescer exponencialmente de ano para ano (mais de 400% entre 2012 e 2017), sinal evidente de que a nossa economia não tem sido capaz de gerar os postos de trabalho de que a Região necessita”, diz o líder regional dos TSD.

Outra preocupação relacionada com a falta de postos de trabalho prende-se com o desemprego de longa duração, isto é superior a um ano, que nos Açores atinge 39% dos desempregados (3.443 pessoas): “E isso deve ser motivo de grande preocupação, sobretudo para os responsáveis políticos”, diz Joaquim Machado

Para os TSD/Açores, ao fenómeno do desemprego junta-se ainda o problema da precariedade, dos contratos, incluindo a Função Pública regional, onde vem crescendo o número de trabalhadores contratados a termo.

“E a tudo isso soma-se outro problema, de grandes proporções e dimensão social, que é a prevalência de baixos salários, situação que explica a mais alta taxa de beneficiários do Rendimento Social de Inserção do país, bem como o facto de sensivelmente dois terços dos alunos da Região serem beneficiários da Ação Social Escolar”, lembra Joaquim Machado

Os TSD/Açores consideram assim que “não há motivos para festejar qualquer sucesso das políticas de emprego. Muito pelo contrário, há sim razões para preocupação e para atuar com medidas mais assertivas, desde logo destinadas aos 120 trabalhadores da Cofaco, que em breve vão perder o sem emprego”, concluem.

TRABALHADORES OCUPADOS

ANO

Nº OCUPADOS

2012

1.554

2013

3.870

2014

5.128

2015

4.090.

2016

6.065.

2017

6.645

Fonte: IEFP (Média anual)