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O PSD/Terceira desafiou o presidente do governo regional, Vasco Cordeiro, a dizer “se concorda com a oferta das casas da Base das Lajes, feita pelo vice-presidente do governo regional, no âmbito do programa Terceira Tech Island. E se não considera que a referida oferta compromete os usos adicionais desejados para aquela estrutura”, referem.

A estrutura liderada por Francisco Câmara alerta para o contrassenso que a situação apresenta, já que “o Governo da República nunca quis receber aquele parque habitacional, sendo que estamos a falar de cerca de 400 casas, com especificações muito próprias, e que necessitam de avultados investimentos para serem regularizadas ao nível da rede elétrica, águas e saneamento”, afirmou o dirigente.

“Assim sendo não se percebe que um membro do governo, no vídeo promocional de uma iniciativa tutelada pelo governo, ofereça casas – para os investidores internacionais do programa virem ocupar -, que não se sabe a quem foram, e se foram, entregues”, frisa o responsável pelos social democratas da Terceira.

Francisco Câmara questiona se Sérgio Ávila “estará mandatado pelo Governo da República para oferecer as casas?”, interroga, considerando que os Executivos estão “a falar a duas vozes”, já que “o governo da República continua a falar dos hipotéticos usos adicionais da Base, e o governo açoriano promove ofertas que contrariam esses mesmo usos adicionais”.

O social democrata também quer saber se Vasco Cordeiro “tinha conhecimento do conteúdo do vídeo promocional e se subscreve os anúncios do seu vice-presidente”. A este propósito, a comissão política de ilha do PSD solicita “explicações acerca dos comprovativos de passagem da propriedade das casas para a Região, uma vez que não é possível oferecer o que não se tem”, explicam.

Para o PSD/Terceira, é importante “que a Região e a República se entendam”, pois corre-se o risco “de todo este ruído já estar a prejudicar não só a iniciativa empresarial apresentada – cujo sítio na internet se mantém sem funcionar -, como também as próprias negociações entre Portugal e os Estados Unidos da América. Por isso, é urgente saber a posição do presidente do governo sobre todos estes factos”, conclui Francisco Câmara.