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Um grupo de 23 alunos da Escola da Escola Secundária Manuel de Arriaga, no Faial, viu-se obrigado a pernoitar e a dormir no chão do Aeroporto de Lisboa, na noite de 14 para 15 de outubro, uma vez que, face ao cancelamento do voo Lisboa-Horta operado pela Azores Airlines, a transportadora aérea açoriana não assegurou alojamento.

A denúncia de Carlos Ferreira e Luís Garcia, deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial, consta de um requerimento entregue no parlamento açoriano através do qual o social-democrata questiona o executivo regional se “tem conhecimento e concorda com esta situação e, em caso de discordância, que medidas tenciona o Governo regional adotar para que não se voltem a repetir situações desta natureza”.

Segundo os deputados, o grupo de 23 alunos, 18 dos quais menores de idade e 1 insulino-dependente, acompanhados por três responsáveis daquele estabelecimento de ensino, regressava de uma visita ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, quando foi informado no balcão da companhia aérea regional no Aeroporto de Lisboa de que o voo da SATA (com partida às 15h00) que os trazia de volta à Horta estava cancelado.

Em alternativa foi proposto o embarque no voo Lisboa-Ponta Delgada, às 21h50, com pernoita em São Miguel, de onde partiriam, no dia seguinte, às 9h55, para a Horta. Acontece, porém, que o voo da Azores Airlines Lisboa-Ponta Delgada foi cancelado por causa do passagem do furacão Ophelia.

Uma vez confirmado o cancelamento deste voo, e após uma hora de espera na fila de atendimento do balcão da SATA no Aeroporto de Lisboa, o grupo foi informado de que seriam os passageiros a procurar alojamento, e não a transportadora regional, e que a SATA não iria fornecer um voucher para garantir a alimentação dos passageiros.

Os deputados denunciam ainda que, apesar das reclamações dos docentes, que procuravam por sua iniciativa encontrar alojamento para o grupo de 26 pessoas, o funcionário da companhia “abandonou” o balcão, “abandonando no verdadeiro sentido da palavra, à sua sorte, aquele grupo de passageiros” que acabou por pernoitar no aeroporto.

Carlos Ferreira e Luís Garcia sublinham que “em causa está o respeito e o apoio que a SATA deve prestar aos passageiros” e questiona a dualidade de critérios da transportara aérea açoriana, lembrando que “em outras situações de cancelamentos de voos a companhia tem-se responsabilizado poe arranjar alojamento para os passageiros”.