TSD/Açores: Desemprego continua a ser preocupante na Região

Os Trabalhadores Social Democratas dos Açores (TSD/A) reuniram hoje o seu Conselho Regional em Angra do Heroísmo, onde analisaram a situação laboral da Região, com especial ênfase para o desemprego e a precariedade laboral, considerando que os número atuais continuam a ser “muito preocupantes”, lê-se no comunicado final, lido por Eunice Santos.

“Os Açores registam uma taxa de desemprego superior à média do país. Aliás, no último trimestre apurado – o 2º trimestre de 2017 -, o número de desempregados subiu em relação ao período anterior, cifrando-se em mais 761 açorianos sem rendimentos do trabalho”, referem os TSD/Açores.

“Isto apesar da evolução positiva, que também se regista no país, em face de uma conjuntura internacional favorável e de medidas estruturais desenhadas e iniciadas na legislatura anterior”, sublinharam, no final dos trabalhos desta manhã, após Joaquim Machado, presidente da estrutura regional, ter manifestado a intenção de se recandidatar ao cargo.

Foi igualmente frisada a existência de um elevado número de trabalhadores integrados em programas de ocupação temporária: “São mais de seis mil, que não figuram nas estatísticas do desemprego, mas que efetivamente não dispõem de emprego, nem de qualquer vínculo laboral com as entidades que os acolhem”.

O Conselho Regional TSD/Açores lembrou que, “por diversas vezes temos dito que os programas ocupacionais são necessários, enquanto a economia não gerar os postos de trabalhos que todos desejamos. Mas isso não pode dar aso à utilização abusiva de mão-de-obra barata por parte das entidades públicas, em muitas situações, para fazer face a necessidades permanentes”.

“Importa, pois, denunciar a precariedade laboral que o próprio Governo Regional pratica e fomenta, dando um mau exemplo às empresas dos Açores”, afirmam os TSD açorianos.

Dois grupos profissionais foram destacados entre os precários, os enfermeiros e os professores: “Em ambos os casos são áreas da exclusiva competência da Região, portanto, toda a responsabilidade tem de ser assacada ao Governo do Partido Socialista”.

“Ao todo, mais de 19 mil açorianos não têm emprego, e esse é um flagelo social que urge combater com medidas mais assertivas e políticas de verdadeiro desenvolvimento económico”, considera aquela estrutura social democrata.

Em análise estiveram igualmente a situação laboral no setor conserveiro, na SINAGA, na SATA, bem como o futuro profissional dos bombeiros até agora ao serviço dos aeródromos regionais, matérias que suscitaram toda a solidariedade dos TSD/Açores.

Relativamente à Administração Pública Regional, os TSD/Açores consideram “urgente e necessário” o descongelamento das carreiras, com a consequente negociação da contagem do tempo de serviço entretanto perdido, “num processo de diálogo construtivo e participativo, entre o Governo Regional e os sindicatos representativos dos funcionários públicos dos Açores”.

A formação profissional foi outra área sujeita a reflexão pelos conselheiros social democratas, evidenciando-se “a falta de uma estratégia formativa para os quadros da Administração Pública Regional – professores incluídos -, e as dificuldades financeiras sentidas pelas Escolas Profissionais, mercê dos constrangimentos impostos pelo Governo, designadamente quanto à abertura de novos cursos”, alertam.

O Conselho Regional de hoje fixou os dias 1 e 2 de dezembro para a realização do VIII Congresso dos TSD/Açores, que terá lugar na cidade da Horta.