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Não sou sindicalista, nunca fui sindicalizado e até critico alguma atividade sindical que enche o espaço mediático.

Mas vivo em democracia, aceito as regras, o direito à crítica, ao elogio, à contestação e o direito fundamental que é o direito à greve.

Temos a liberdade de achar que há greves com as quais discordamos e outras que podem até nem ser assim tão descabidas.

Como açoriano, cidadão que se habituou a ter na “sua” companhia aérea o instrumento para o desenvolvimento dos Açores, entristece-me que ocorram ameaças de greve em altura de grande preocupação com o estado a que a empresa chegou.

Certamente que mais uma greve na SATA seria mais um fator de instabilidade na empresa – as greves têm essa intenção – mas não posso alinhar com a bestialização que se pretende fazer com os trabalhadores da SATA.

Os comentários ofensivos que tenho visto sobre mulheres e homens que, numa esmagadora maioria, dão tudo pela “sua” empresa, que a defendem acima da sua comodidade, que trabalham empenhados, com brio e profissionalismo, não podem ser a desculpa que alguns pretendem fazer passar para a situação em que a SATA chegou.

Adaptando a expressão atribuída a Voltaire diria que: posso não concordar com estas greves na SATA, mas não irei alinhar com os que estão dispostos a sacrificar direitos fundamentais para desculpar os verdadeiros responsáveis pelo estado a que isto chegou.