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O deputado do PSD/Açores eleito pelas Flores Bruno Belo acusou o Governo regional, suportado pelo PS na Assembleia Legislativa dos Açores, de recusar admitir que o corpo docente das escolas públicas dos Açores, nomeadamente nos estabelecimentos de ensino das ilhas mais pequenas, pode ser afetado pela instabilidade dos concursos.

“Para o PS a não permanência de professores nas escolas não é instabilidade. Temos de avançar dando passos seguros na atenuação das assimetrias, para que seja tão atrativo um professor exercer a sua atividade em qualquer uma das nossas ilhas, com a mesma motivação, e que o centro da sua ação seja o benefício do aluno”, afirmou.

Bruno Belo falava no debate sobre a petição pública “Pela estabilidade do corpo docente: Em defesa da qualidade do ensino na Escola Básica e Secundária das Flores”, através da qual os peticionários apelam ao parlamento açoriano para que continue a vigorar a cláusula de permanência mínima de três anos, de modo a que, nas escolas das ilhas mais pequenas, haja uma maior estabilidade do corpo docente.

“As escolas precisam de equipas estáveis de professores que aprofundem o conhecimento conjunto sobre as comunidades educativas, as características dos alunos, sobre os processos de trabalho e soluções para os problemas concretos”, sublinhou.

O parlamentar lembrou que o PSD/Açores apresentou atempadamente uma iniciativa legislativa que recomendava ao executivo regional a aplicação dos mecanismos de incentivos à fixação de professores plasmados no Estatuto da Carreira Docente.

A recomendação dos social-democratas açorianos foi chumbada pela maioria socialista.

“O PS votou contra a iniciativa do PSD/Açores refugiando-se no argumento de que não é possível aplicar aquilo que está legislado. Além disso, desmereceu as preocupações expressas na petição pública em causa, alegando que o objeto da mesma é um problema transversal a todas as ilhas, revelando um enorme desconhecimento da realidade”, insistiu Bruno Belo.

O deputado do PSD/Açores deixou ainda um alerta ao Governo regional: “bons resultados escolares não conjugam por norma com professores muito desmotivados e zangados”.