A responsabilidade política nos Açores é um tema de difícil discussão quando tudo o que mexe tem o selo do Governo dos Açores e nada do que corre mal tem um responsável governativo que seja.
Em duas décadas, contam-se pelos dedos os casos em que um responsável político assumiu uma falha, um mau desempenho ou uma ausência de coordenação que se exige nos cargos desempenhados.
Da cultura à economia, da agricultura à saúde, das pescas ao turismo, da mobilidade à coesão, os erros foram mais do que muitos dedos de muitas mãos, e quanto muito encontramos responsáveis a saltitar de lugar em lugar ou reafirmada a sua natureza humana, porque o erro está ao alcance de todos.
Quando passamos pelo Centro de Artes Contemporâneas, em todos os cartazes temos o selo do Governo dos Açores, mas o responsável político que assume anos de erros que dependem diretamente da sua governação mantém uma incontestável irresponsabilidade por tudo o que não resultou.
Se procuramos os responsáveis pelo resgate para as pescas ou a tempestade perfeita na agricultura não encontramos “Governo dos Açores”, mas todos os governantes que por lá passaram não consta que tenham ido cultivar batatas ou se tenham dedicado à pesca!

