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O PSD/Açores considerou ontem que as politicas educativas vigentes no arquipélago “estão aquém das expetativas”, tendo em conta que a Região “continua a liderar a taxa nacional de insucesso escolar nos ensinos básico (23,1%) e secundário (39,6%)”, assim como apresenta “uma taxa de abandono escolar precoce que é mais do dobro da média nacional (29%)”, lembrou a deputada Maria João Carreiro.

“Tem de ser questionada a eficácia destas políticas, numa governação socialista que já dura há duas décadas”, avançou a parlamentar, para quem é urgente definir estratégias que conduzam “à melhoria efetiva do sistema educativo regional”.

Numa sessão de perguntas ao secretário regional da Educação, a parlamentar frisou que se tratam “de indicadores preocupantes”, tanto mais porque “estamos nas últimas quatro regiões do país. Os Açores foram ultrapassados pela Madeira”, avançou.

Referindo-se aos resultados dos testes PISA (Programme for International Student Assessment), em que os Açores participaram desta vez com uma sobreamostragem de 47 escolas e 1544 alunos, Maria João Carreiro frisou que a Região está “muito abaixo da média nacional. Em 2006, os Açores estavam a 11 pontos da média nacional na literacia científica. Agora estão a 31 pontos”, disse Maria João Carreiro.

“Portugal obteve 501 pontos na literacia científica, enquanto os Açores obtiveram 470 e a Madeira 487. Portugal obteve 498 em leitura, os Açores 470 e a Madeira 487. Portugal atingiu 492 em Matemática, os Açores 462 e a Madeira 490”, elencou.

“Ou seja, entre 2006 e 2015, Portugal subiu na literacia científica 27 pontos. No mesmo período, os Açores registaram uma subida de apenas 7 pontos enquanto a Madeira de 21 pontos”, alertou a deputada do PSD/Açores.

Maria João Carreiro alerta para a importância dos testes PISA, dado que “permitem saber em que medida os alunos de 15 anos são capazes de mobilizar os seus conhecimentos nas três dimensões avaliadas, na resolução do dia a dia. Assim sendo, tornam possível avaliar o nível de preparação dos jovens para entrar na vida ativa ou prosseguir estudos”, referiu.

“Enquanto se mantiverem esses resultados na Educação, os Açores não terão desenvolvimento económico, não serão geradores de riqueza. O emprego precário prevalecerá”, concluiu a deputada.