A globalização, este processo de destruição de barreiras e fronteiras, tem vindo a fazer do mundo, na economia e na cultura, uma quase aldeia global.
Com a globalização têm ganho ricos e pobres. Os muito ricos enriqueceram ainda mais, mas houve milhões de pobres que saíram da miséria, em África, na América Latina e na Ásia.
No meio desta destruição criativa, que tem sido a globalização, há muitos cidadãos no mundo desenvolvido do ocidente que têm sido penalizados, especialmente os trabalhadores não especializados.
Os fenómenos políticos Trump, na América, e Le Pen, em França, para além dos movimentos políticos como o Syriza, na Grécia, e o Podemos, em Espanha, e ainda a saída do Reino Unido da União Europeia, são a expressão, no mundo ocidental, do descontentamento com a globalização.
Os tempos que se seguem vão ser ainda mais conturbados. Porque vão ser de recuos em várias frentes já dadas como garantidas – no comércio internacional, migrações, ambiente, alianças militares, organizações internacionais.
Mas a força da inovação e das novas tecnologias irá obrigar, mais cedo ou mais tarde, a retomar o caminho da globalização. E os Trumps poderão ser oportunidades para repensar o caminho a seguir.

