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As sondagens de opinião são um instrumento de trabalho para os políticos. Mas também podem servir de arma de combate politico entre os diversos atores – no poder, na oposição ou para os que aspiram ao poder de influencia.
As sondagens podem dizer-nos muito, mas também podem limitar-se a lixo informativo.

Na era das redes sociais, a credibilidade das sondagens está minada pela sua proliferação e descrença dos cidadãos. Nos Açores, tudo isto se agrava perante a proximidade de um poder absoluto e patrão da economia.

A sondagem realizada pela Norma-Açores e publicada pelo Açoriano Oriental, a quinze dias das eleições, foi um exemplo do cinismo dos eleitores perante este tipo de estudos.

Dos eleitores sondados, metade recusou responder. E os que responderam abusaram do seu cinismo (89% disse que iria votar, só 50% votou; o PS teria 67% dos votos, teve 46%; o PSD teria 21%, obteve 31%; o PS elegeria 36 a 41 deputados, elegeu 29; o PSD teria 12 a 17 deputados, elegeu 19; na ilha das Flores a CDU teria 0% dos votos, ganhou as eleições com 32,5%).

Não está em causa o trabalho sério da Norma-Açores. O uso que se fez dele é que não foi o melhor. Cantou-se a maior vitória de sempre de uns e vaticinou-se a morte de outros. Os resultados estão aí!