Sobre declarações feitas recentemente ao jornal Correio dos Açores, pelo presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, o Partido Socialista da Ribeira Grande emitiu um comunicado que, mais uma vez, revela grande impreparação, para não dizer imaturidade, de quem o produziu e é responsável pela respetiva secção concelhia. Com efeito, nem se preocuparam em ler bem o que foi dito pelo autarca. A única preocupação foi debitar um rol de obras governamentais, sem dúvida importantes para a Ribeira Grande e fruto de promessas eleitorais, algumas até com grande atraso, como é o caso da nova Escola Gaspar Frutuoso. Nas declarações proferidas, Alexandre Gaudêncio limitou-se a constatar o óbvio relativamente a duas importantes estruturas para o concelho e para o turismo, como são a estrada das Caldeiras e o Porto de Santa Iria, cuja recuperação o Governo Regional retirou à Carta Regional de Obras Públicas, “voltando as costas” a esse compromisso sem que se tenha ouvido qualquer réplica do PS da Ribeira Grande.
Registe-se ainda o tom arrogante, autoritário e sobranceiro com que o PS da Ribeira Grande continua a digerir a derrota autárquica de 2013, fazendo lembrar exatamente aquilo que a maioria dos ribeiragrandenses rejeitou em eleições livres e democráticas. Mas, como diz o povo, cada um sabe de si.
O que os ribeiragrandenses gostavam de ouvir do PS da Ribeira Grande, por exemplo, é aquilo que pensa sobre o que está a acontecer com os serviços de saúde no concelho, nomeadamente com o esvaziamento de serviços e desaproveitamento do Centro de Saúde da Ribeira Grande, empurrando a população para o Hospital de P. Delgada e tornando o acesso aos cuidados básicos de saúde um verdadeiro calvário para muitas pessoas. A população que vive sobre a orla marítima de Rabo de Peixe, nomeadamente na Rua de S. Sebastião, e que diariamente teme pela sua segurança e dos seus bens, também não percebe a demora do Governo Regional do PS em resolver esta grave situação e não sabe o que pensa o PS da Ribeira Grande sobre este tema.
As declarações de Alexandre Gaudêncio acerca da recuperação da estrada das Caldeiras da R. Grande e do Porto de Santa Iria, são preocupações legítimas e não eleitoralistas, de quem está a prosseguir um plano estruturado para o desenvolvimento do turismo neste concelho, investindo em espaços verdes, zonas balneares e eventos, com resultados visíveis e comprováveis. Que o digam os agentes económicos do concelho, porque nem só de betão se faz o desenvolvimento. Caso contrário, com os investimentos feitos pelo Governo Regional, por exemplo em infraestruturas de ensino, hoje a Região já deveria ter resultados bem melhores do que aqueles que, ano após ano, vem registando nas classificações nacionais.
Mas a Câmara Municipal do PSD, ao contrário do que diz o PS da Ribeira Grande, não descurou os investimentos em infraestruturas no concelho. Foram e estão a ser feitas obras significativas em escolas básicas, como por exemplo na Tavares Torres, em Rabo de Peixe, obras de saneamentos básico e requalificação em diversas freguesias do concelho, como foi o caso do Caminho do Mato na freguesia da Maia, obra há muito ansiada pela população e que a Câmara Municipal não hesitou em realizar, recolha das águas residuais da ribeira da Maia – Grota Queimada, uma herança do executivo anterior. De realçar igualmente obras de saneamento nas freguesias da Matriz e Santa Bárbara, entre outras. A Câmara Municipal, liderada por Alexandre Gaudêncio, tem projetos para a curto e médio prazo colocar o concelho no lugar que merece: Frente Marítima da cidade, Av. da Paz, na freguesia do Pico da Pedra, Rua do Outeiro na Lomba da Maia, requalificação do Largo Gaspar Frutuoso, Caminho da Tondela e ligação da orla marítima da Ribeirinha á rua Mestre Jose Dâmaso, na freguesia Matriz, Largo padre António Vieira, em Rabo de Peixe, entre outros.
A Câmara Municipal da Ribeira Grande do PSD, não olha a cores partidárias para realizar obras. Ao contrário, é bom lembrar que o Governo Regional, através da Secretaria Regional dos Transportes e Turismo atribuiu, em maio de 2015, às sete juntas de freguesia deste concelho com executivos PS, o valor total de 153.000 euros e 1.500 euros a uma freguesia liderada por um executivo do PSD. Este tipo de descriminação é intolerável e penaliza os milhares de ribeiragrandenses que, de forma livre, não escolheram os responsáveis autárquicos propostos pelo PS.
Mas sobre isso o PS da Ribeira Grande não fala. Simplesmente, esquece. Haja decoro e mais respeito…

