Este título não se reporta ao tema musical de Pedro Abrunhosa. Reporta-se à “nova cantiga” de Vasco Cordeiro.
Vasco Cordeiro anunciou, recentemente, a sua recandidatura a Presidente do Governo e escolheu este lema: “Fazer o que ainda não foi feito”. Esta mais do que evidente declaração (já que só é possível fazer o que está por fazer), encerra outra verdade política e que Vasco Cordeiro deveria assumir que é: “fazer o que há quatro anos prometemos e não fomos capazes de cumprir”. Esta é que seria a “cantiga” certa, que corresponderia a uma determinada humildade política, que só ficaria bem a Vasco Cordeiro.
Para quem se candidatou há quatro anos atrás assegurando ao povo que “compromisso assumido é compromisso cumprido”, não lhe fica bem recandidatar-se anunciando que se candidata para “fazer o que ainda não foi feito”, pois isso é revelador da sua própria incompetência e incapacidade.
A declaração adotada como mote de recandidatura é assim desprovida de credibilidade. Comprometer-se a executar o que não foi feito é mais aceitável a quem se apresenta como alternativa á governação socialista. Logo, a Duarte Freitas e ao PSD-A. Nunca a quem está há quatro anos a governar e a quem pertenceu a Governos socialistas anteriores.
Sim, porque Vasco Cordeiro antes de ser Presidente do Governo, foi Secretário Regional da Economia e Secretário Regional da Agricultura.
Então se hoje é o próprio Vasco Cordeiro e o seu Governo, a reconhecer que a Saúde é o “calcanhar de Aquiles”, que a Educação é “uma calamidade”, que na Agricultura se vive uma “tempestade perfeita” e que as Pescas necessitam de “um resgate”, queixa-se Vasco Cordeiro e seus governantes de quem? Das oposições? Não pode ser, nem isso corresponde à realidade. Durante estes 20 anos o PS sempre governou em estabilidade política, com maiorias absolutas. Dinheiro, pelos vistos também não faltou. Todos nos lembramos do Vice-Presidente do Governo, Sérgio Àvila, anunciar superavits. Nos últimos 20 anos, os Governos socialistas tiveram disponíveis mais de 15 mil milhões de euros. Basta somar os montantes orçamentais de todos estes anos e concluir isso mesmo.
A governação que ao fim de 20 anos nos conduziu às maiores taxas de desemprego (sobretudo de desemprego jovem), aos piores indicadores sociais, às elevadas taxas de insucesso escolar e a uma economia regional repleta de dificuldades, tem de ter uma alternativa. Essa está em Duarte Freitas e no PSD-A. Esta é a única alternativa de Governo, que é credível e que é concretizável.
Na área da Saúde, entre outras ações, pretende-se dar prioridade á criação de unidades de saúde familiar; lançar um programa de recuperação de listas de espera cirúrgica e estender a rede de cuidados continuados a todas ilhas.
Na área da Educação, entre outras ações, pretende-se estabelecer contratos de autonomia das escolas e promover uma cultura escolar de cooperação e proximidade ajustada às características de cada uma das parcelas dos Açores.
No setor primário (Agricultura e Pescas) se é verdade que a situação é tão grave que precisa de um plano de salvação e/ou de resgate, não tem sentido que isso seja feito por quem não teve capacidade da evitar a crise neste setor. Por isso o PSD-A quer salvar a Lavoura e devolver a dignidade aos pescadores.
Na Coesão Territorial, Económica e Social a aposta deve ser nos Transportes, que unam mais convenientemente as nossas ilhas e no Emprego, incentivando mais a iniciativa privada.
Os socialistas já não têm nada de novo para oferecer aos açorianos. Sem novidade e sem criatividade terão dificuldades em motivar os açorianos a renovarem-lhes um mandato governativo.
O PSD-A tem um projeto de governação que reuniu a colaboração de mais de uma centena de açorianos independentes, que corresponde aos anseios das populações das nossas ilhas e aos superiores interesses dos Açores.
Por isso merece uma oportunidade para “Fazer o que ainda não foi feito”!

