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Celebra-se hoje o Dia dos Açores e a 2ª Feira do Espírito Santo.

O João, licenciado e com boa média, desempregado, tal como 36% dos jovens açorianos que não têm uma oportunidade para trabalhar, gostaria de celebrar o Dia dos Açores.

O Sr. António, doente e aguardando há 2 anos por uma intervenção cirúrgica, engrossando a lista de 10.300 açorianos que esperam para usufruírem de um bem – a Saúde – que a Constituição e o Estatuto dizem ser um direito, gostaria de celebrar o Dia dos Açores.

A Ana, repetente do 9ºano, já pensa não voltar à escola, acompanhando a turma dos 35% dos jovens açorianos que abandonam precocemente o ensino, gostaria de celebrar o Dia dos Açores.

A família Medeiros, que vive de um salário de 500 euros, integrando os 71% dos agregados familiares açorianos que sobrevivem com rendimentos mensais inferiores a 530 euros, gostaria de celebrar o Dia dos Açores.

O Manuel, que tem a sua lavoura à beira da falência, como estão 60% dos empresários agrícolas, gostaria de celebrar o Dia dos Açores.

Todo este povo gostaria de celebrar a Autonomia, celebrando o Dia dos Açores. Mas vai quedar-se por celebrar o Espírito Santo, tal como o faz há séculos.