O PSD/Açores solicitou hoje ao Governo Regional um conjunto de informações sobre os equipamentos e serviços prestados pelo Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), unidade que tem um novo Conselho de Administração, “o terceiro nesta legislatura, o que nos faz questionar a tutela sobre as garantias asseguradas, ao nível do financiamento, para que o HSEIT não veja condicionada a prestação de cuidados de saúde à população “, avançou o deputado Luís Rendeiro.
Em requerimento, o social democrata sublinha “a importância central a nível social e económico do HSEIT”, que é “o maior empregador da Ilha Terceira, e o maior comprador de bens e serviços na economia local”, pelo que “são preocupantes os problemas e dificuldades que atravessa, a que não é alheia a sua instabilidade diretiva”.
“Afinal, os dois últimos conselhos de administração não cumpriram os respectivos mandatos, nem os projectos a que se propuseram, em virtude de se terem demitido ou de terem sido demitidos”, refere Luís Rendeiro.
“A isso juntam-se as dificuldades financeiras crónicas do HSEIT, fruto de insuficientes dotações, verificadas ano após ano, o que nos leva a solicitar o montante total das dívidas directas a fornecedores, até ao final de março, já que foi tornado público mais um incumprimento a esse nível”, afirma.
Luís Rendeiro salienta que há um conjunto de equipamentos de diagnóstico e terapêutica “por exemplo o TAC e a eletroencefalografia, à espera de reparação ou substituição há tempo demais, e isso tem levado a custos acrescidos para o HSEIT, bem como à deslocação de doentes para outras unidades de saúde”.
No documento enviado à Assembleia Legislativa, o deputado do PSD/Açores quer ver esclarecidos os motivos “para a não entrada em funcionamento do serviço de Medicina Nuclear, inaugurado e com direito a cerimónia pública, mas que ainda não está a prestar cuidados aos doentes do HSEIT”.
Igualmente, “e considerando que o Secretário Regional da Saúde anunciou a abertura de uma unidade de radioterapia no HSEIT, queremos que o Governo Regional esclareça se existe contrato com alguma empresa para esse fim, e qual a data prevista para o início de tal tipo de tratamentos”, acrescenta.
Luís Rendeiro lembra ainda “a denúncia pública sobre eventuais irregularidades no serviço de Cuidados Intensivos, que originou um inquérito e uma investigação pelo Ministério Público. Nunca foram conhecidas as conclusões desse inquérito, mesmo se o caso terá motivado a demissão do então Conselho de Administração”, frisa.
“Este é mais um motivo de instabilidade na gestão do HSEIT. E mais um motivo de preocupação com o setor da Saúde na nossa ilha”, conclui o deputado.

