O PSD/Açores viu aprovado um projeto de resolução para que o plenário açoriano reafirmasse, “com clareza, os compromissos internacionais e europeus de Portugal e dos Açores”, colocando a confiança como “ativo fundamental que temos de preservar para assegurar a estabilidade e o crescimento da economia açoriana”, referiu o deputado António Marinho.
O social-democrata alertou para o perigo de, em Portugal, “se poderem viver pontos de incerteza, que se levantaram noutros países quanto ao seu compromisso político, estratégico e institucional face ao projeto da União Europeia, gerando consequências muito negativas para os seus cidadãos”, disse.
António Marinho adiantou que, nos Açores, “deve ser claro o posicionamento face às instâncias europeias, nomeadamente em relação às regras e princípios em que assenta o projeto da UE do euro”.
“Mais ainda, quando, depois das recentes eleições legislativas nacionais, o país é governado por uma coligação formada numa base negativa. É preciso atentar ao que essa realidade pode fazer ao país”, frisou António Marinho.
O social-democrata lembrou aliás que os deputados do PS/Açores e o Governo Regional, que “passaram quatro anos a dizer que aquilo que se fazia no país podia afetar a Região”, tentam agora “desvalorizar esse facto, o que só reforça os princípios deste compromisso que apresentamos”, considerou.
A iniciativa social-democrata visa igualmente “reafirmar um grupo de considerações do posicionamento dos Açores e de Portugal face à UE, como a participação plena na União Económica e Monetária, a vinculação ao Tratado Orçamental ou a implementação plena da União Bancária”.
São igualmente consideradas “a reafirmação do compromisso com o pacto de Estabilidade e Crescimento, rejeitando liminarmente qualquer proposta de reestruturação unilateral das dívidas públicas nacionais dos Estados membros da UE”, sublinhou António Marinho.
O líder da bancada do PSD/Açores concluiu, referindo que “é preciso que Portugal e os Açores saibam ao que vão. De modo a que não se corra o risco de voltarmos à situação de bancarrota vivida pelo país em 2011”.