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Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial defenderam “uma verdadeira campanha de desratização” na ilha, criticando o Governo Regional por “há já algum tempo não se realizar uma campanha do género no Faial, podendo ser essa uma das causas para o preocupante aumento da população de ratos na ilha”, afirmam.

Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, Luís Garcia e Jorge Costa Pereira questionam o executivo sobre “os indicadores atuais desse eventual aumento”, querendo saber “a que se deve o mesmo, e que diligências tomou o Governo para combater e circunscrever o problema dos ratos na ilha”.

Os social-democratas dão assim voz às queixas “de muitos cidadãos, agricultores e autarcas, que nos manifestam a sua profunda preocupação com a crescente proliferação dos ratos no Faial, quer em zonas rurais, quer nas zonas urbanas”.

Para Luís Garcia e Jorge Costa Pereira, o combate aos ratos, “para além da questão de saúde pública, tem fortes implicações económicas, pelos inúmeros prejuízos que aqueles roedores provocam. No Faial, existe a constatação popular de que as desratizações não têm atingido os objetivos pretendidos”.

“Queremos saber quando foi feita a última campanha de desratização global em toda a ilha do Faial, e para quando estão previstas as próximas”, explicam, alertando que “para a mesma ser eficaz tem de ser mais que distribuir toneladas de raticida sem planeamento, sem enquadramento técnico e sem informação à população”, criticam.

“Têm sido a Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente e a Câmara Municipal da Horta, pelo menos algumas vezes, a adquirir o raticida, com os Serviços daquela Secretaria a prestar algum apoio técnico na sua escolha”, acrescentam, lembrando que “a distribuição têm cabido às juntas de freguesia, muitas vezes sem coordenação entre elas”.

“O próprio raticida parece ser pouco eficaz, e as metodologias utilizadas na sua distribuição, em muitos locais, são profundamente inadequadas”, afirmam os deputados, que pretendem ver “explicadas as diferentes responsabilidades num processo que não tem tido bons resultados”.

Recordam ainda que “a tutela deve informar quantos casos de Leptospirose forma notificados no Faial desde 2010, e em que condições os mesmo se verificaram”, concluem Luís Garcia e Jorge Costa Pereira.