O PSD/Açores acusou o Governo Regional de “desinvestir nas Casas dos Açores. Em apenas dois anos, o governo regional em funções reduziu em mais de 30% o apoio financeiro às Casas dos Açores”, avançou o deputado José Andrade.
Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o social democrata critica o executivo por “incoerentemente, quanto mais fala das Casas dos Açores, mais reduz o apoio que lhes concede, como se as boas intenções pagassem as contas da representação açoriana”, afirma.
“Desde que Vasco Cordeiro é presidente do governo, o apoio às Casas dos Açores tem vindo sempre a diminuir: era de 214.490 euros em 2012, caiu para 167.000 euros em 2013 e continuou a cair para 142.400 euros em 2014”, revela José Andrade.
“O governo açoriano desconsidera e desinveste, em vez de reconhecer e reforçar, a importância presente e a capacidade futura daquelas instituições emblemáticas da diáspora açoriana”, lamenta.
O deputado lembra que, “no início da atual legislatura, o grupo parlamentar do PSD denunciou e lamentou a desconsideração do governo ao não dedicar uma única palavra do seu programa às Casas dos Açores. Um esquecimento assim, tão flagrante e sistemático, nunca tinha acontecido”.
“Agora, e quando a legislatura se aproxima do fim, o grupo parlamentar do PSD questionou e confirmou esse desinvestimento. E uma redução assim, tão evidente e sistemática, também não tem precedentes”, frisa o social democrata.
José Andrade explica que o reconhecimento desse desinvestimento está na própria resposta do governo regional, datada de 11 de agosto de 2015, a um requerimento do PSD/Açores, enviado a 9 de janeiro de 2015: “a resposta do governo só chegou 150 dias depois de ultrapassado o prazo legal de 60 dias, mas confirma o desinvestimento de que se suspeitava”.
Desta forma, o grupo parlamentar do PSD/Açores “exige que o governo justifique esse continuado desinvestimento” e “desafia o executivo a inverter essa tendência inaceitável, já no Orçamento da Região para o próximo ano”.
Para José Andrade, as Casas dos Açores “são as instituições mais representativas da açorianidade no mundo”. Atualmente existem cinco no Brasil, três em território canadiano e no continente português, duas nos Estados Unidos da América e uma no Uruguai.
Na sua opinião, “elas são importantes centros de preservação e dinamização da nossa identidade sociocultural, mas também podem e devem ser meios impulsionadores da promoção e desenvolvimento das nossas potencialidades económico-turísticas, se tiverem o apoio que precisam e merecem”, conclui.