Palra 1 – Base americana
É “matéria” complexa e quando mete americanos, com o Congresso, o Senado, a Administração e o Pentágono, fica ao nível do “código de morse”.
Mas os americanos já há muito que tinham dado sinais de forte desinteresse e só a nossa elite de geopolíticos insistia que eles estavam a fazer bluff e que gostavam da Base da Terceira como de Coca-Cola. “Tá-se vendo”!
Não sendo especialista na matéria, ou “fiávamo-nos na Virgem” … ou corríamos para preparar um plano B. Acho que nos fiámos!
Agora o Governo Regional tem um B, a Câmara da Praia da Vitória um C, o Governo da República “um grupo de trabalho” … mas eu acho que é “muita palra e pouca uva”.
Em Novembro de 2004, o Deputado Clélio Meneses apresentou na Assembleia Regional uma iniciativa para que fosse estudado e avaliado “o real impacto na Região do Acordo de Cooperação e Defesa entre a Portugal e os Estados Unidos (…), para perceber, com propriedade, os efetivos custos e benefícios do mesmo e permitindo à Região ter uma posição sustentada e credível sobre o assunto, de modo a tomar posições (…) na defesa dos interesses dos Açores”.
Obviamente! Sem sabermos o que ganhávamos e o que dávamos a ganhar aos americanos, foi impossível desemaranharmo-nos da “teoria do bluff” e acordarmos para realidade: – a nossa posição geopolítica (e geoestratégica) perdeu importância!
Claro que uma “guerra”, que nos coloque a meia distância do sítio para lançar as “bombas” altera tudo, mas também, por isso, era preciso avaliar a concorrência de outras bases que eles têm pela Europa fora.
Agora todos mandam umas bocas, (incluindo eu) mas a realidade foi traduzida pelo embaixador americano de um modo tão “hostil” quanto cristalino: “a Base das Lajes é neste momento uma gas station (posto de abastecimento)”. É mentira?
Palra 2 – SATA
Quem é que “chibou” o Plano Estratégico da SATA de 251 páginas? É uma boa pergunta para fazer à SATA, ao Governo Regional ou à empresa de consultoria que fez o Plano.
Sim, só eles é que o conheciam o documento “estritamente confidencial”. Aliás, retirando uma dúzia de páginas onde consta a estratégia comercial da SATA, o restante só era “estritamente confidencial” porque o Governo Regional não queria que se soubesse os disparates que, ao longo de vários anos, obrigou a empresa a fazer.
Na versão de 40 pág., distribuída aos deputados, fala de um futuro “azul celeste” que vai ser concretizado por aqueles que puseram a SATA, no presente, com as luzes vermelhas todas a piscar. Vá lá! Até podemos ser ingénuos, … mas não nos tomem por tolos!
Palra 3 – A Rua Direita
Ou se encontrava uma solução para arranjar, e manter em boas condições, o piso empedrado da Rua Direita da Ribeira Grande … ou restava a alternativa de um tapete betuminoso, vulgo, alcatroar a rua.
Como estava, plagiando pessoa (muito) próxima, “só agradava às oficinas de automóveis”. Parabéns Presidente Gaudêncio pela decisão!
Palra 4 – Transporte aéreo
Esta 6ª feira, às 18h, no Hotel Marina em Ponta Delgada, o PSD/Açores promove uma Conferência/Debate sobre transporte aéreo.
Pela primeira vez, num evento público, vão estar juntas as duas low-cost que querem voar para cá (Ryanair e EasyJet), o Diretor-geral da Região de Turismo do Porto e os administradores do Grupo Ilha Verde e TUI Portugal.
É que chegou a hora de antecipar o impacto e as oportunidades do novo Modelo na nossa mobilidade e no nosso turismo. A Conferência, com duração máxima de 150 minutos, é aberta a todos os interessados.