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Quero 1 – À grega!
Vai ser muito falado, principalmente quando chegar à Alemanha e fizer cara de mau à chanceler. Ela não é assustadiça … mas os jornais vão descobrir algum sinal que lhe destape a tremura das pernas.

Chama-se Tsipras, tem 40 anos, é engenheiro civil e lavadinho. Fez a campanha eleitoral dizendo que ia obrigar os credores a perdoarem 70% da dívida; que vai aumentar a despesa pública e aumentar os salários e as reformas.

Ah, leão! Se fosse grego votava em ti. Como não sou, nem sou descendente de Sócrates, Aristóteles ou Platão … não votava!

Prometer não custa, … quando as contas são para os outros pagarem.

Pronto, é verdade! Aquando da adesão ao euro, todos sabiam que os gregos faziam malabarismo com as contas; que o capitalismo selvagem, enquanto deu para dividir lucros, emprestou-lhes dinheiro à fartazana; que todos foram fechando os olhos aos disparates feito com o dinheiro emprestado e à generosidade das regalias sociais. Todos fingiram não perceber que um dia o sistema estourava porque não produzia riqueza para tanta mordomia.

É verdade! Mas quando chegou o dia de pagar as contas, ou parte delas (já tiveram um perdão de 100 mil milhões), o Syriza ganha as eleições prometendo dividir o buraco pelos alemães, holandeses, franceses, espanhóis … ou portugueses. Eu também quero um Syriza!

Aliás, vou arranjar um lá para casa. Primeiro, compro uma TV grandinha, um carro jeitoso, uma roupinha de marca e umas férias tropicais. Depois, com o extrato do cartão e as contas agrafadas … aproveito a próxima reunião do condomínio para “syrizá-las”. Aquilo dividido pela vizinhança dá uma ninharia. Acho que nenhum me vai levar a mal. Ou não!

Quero 2 – O exemplo do Porto
As low-cost não fazem milagres, mas ajudaram o Porto a dar o salto. Se antes, na comparação com Lisboa, a Invicta era cinzenta e escura, agora os milhares de turistas que lá chegam diariamente fazem a diferença.

Na conferência sobre transporte aéreo, organizada pelo PSD/Açores, foi importante ouvir o Diretor-Geral do Turismo do Porto dizer que o crescimento do movimento de passageiros no Aeroporto Sá Carneiro e o espírito empreendedor dos “tripeiros”, fizeram da cidade do Porto (e da Região Norte) uma referência no turismo nacional.

Se em 2004, ano do Euro, os turistas eram cerca de 1 milhão, 10 anos depois quase triplicaram. A isso não é alheio ao facto da Ryanair ter começado lá a operar em 2005. Depois o destino cresceu sempre acima da média nacional, com mais turistas, mais dormidas e mais proveitos totais.

As low-cost não fazem milagres … mas ajudam a “multiplicar turistas” que procuram experiências diferentes a um “custo justo”. Aqui temos experiências únicas. Não queiramos ganhar tudo de uma vez.

Quero 3 – O exemplo da Madeira
Depois da liberalização da rota do Funchal (em 2008) e com o início da operação da EasyJet, a tarifa média baixou 36%. Foi bom para os madeirenses e acrescentou uma poderosa ferramenta de promoção turística. É que o SITE da EasyJet tem 400 milhões de visitas/ano. Os Açores também já lá estão … à distância de um click (literalmente).

Quero 4 – E agora SATA?
É estratégica. Emprega muitos colaboradores. Já deu muito aos Açores e muito mais tem para dar. Pena é ter sido maltratada nos últimos 8 anos. Bastavam as contas da empresa para confirmá-lo, mas a prova dos nove surgiu pela boca de um administrador que lá esteve há alguns anos: “mau é quando temos de defender esta empresa … do seu dono”.

E agora SATA? Tenho a certeza que sim, … até porque “a necessidade aguça o engenho”!