Deixou-nos Alberto Romão Madruga da Costa. Um homem bom. Um humanista que, na sua atividade política, fez do mandamento “amar ao próximo como a si mesmo” uma máxima do seu dia-a-dia.
Tive a honra de trabalhar com o Presidente Madruga da Costa e o privilégio de ser amigo do senhor Alberto Romão.
Foi um dos grandes obreiros da Autonomia Regional. Serena e discretamente ajudou a construir o edifício autonómico das nossas ilhas. Amando-as com muito fervor.
A sua perda interroga-me.
No dizer de Pagola, ao longo dos anos, temos mudado muito. Temo-nos tornado mais críticos, mas também mais frágeis e vulneráveis; somos mais incrédulos, mas também mais inseguros. Não nos é fácil crer, mas é difícil não crer. Vivemos cheios de dúvidas e incertezas, em busca de uma esperança.
E a morte, mais cedo ou mais tarde, visita as nossas casas, as nossas amizades, arrancando-nos os nossos seres mais queridos.
A estas dúvidas, o meu amigo senhor Alberto Romão afirmaria as suas certezas: perante a morte não há desolação, rebeldia ou desespero. Somente uma oração de confiança: “Em tuas mãos, Pai de bondade, confiamos a vida deste ente querido”.

