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O PSD/Açores entregou no parlamento regional um pedido para a audição separada do secretário regional do Turismo e Transportes e do presidente do conselho de administração da Atlânticoline para explicar o processo de construção de dois novos navios para o transporte marítimo inter-ilhas de viaturas e passageiros.

Para o deputado do PSD/Açores Jorge Macedo, “a necessidade da audição justifica-se uma vez que o governo regional sempre se recusou a explicar os motivos que levaram a esta opção. Além disso, além das já tradicionais confusões deste governo regional com concursos, foram divulgados recentemente alguns elementos sobre os alegados estudos realizados pelo governo regional que criam legitimas dúvidas sobre a racionalidade económica desse investimento”.

De facto, recorda, “desde o anúncio do processo de aquisição dos ferries para o transporte de passageiros, viaturas e carga rodada, feito em Janeiro desde ano, o PSD/Açores tem solicitado todos os esclarecimentos ao Governo Regional sobre a opção de construir dois ferries de 115 metros, para navegarem a uma velocidade de 25 nós”.

“Na altura, a alteração da tipologia dos ferries, segundo o comunicado do governo, baseou-se num alegado estudo, o qual foi solicitado de imediato em requerimento dos deputados do PSD/Açores. Pese embora as insistências, o “estudo” nunca foi disponibilizado nem tornado público”, lamenta o deputado social democrata açoriano recordando que “por diversas vezes o PSD/Açores afirmou-se muito preocupado com a viabilidade e sustentabilidade da operação com ferries daquelas características, posição que outras entidades e especialistas, por diversos meios, também afirmaram”.

Atualmente, afirma Jorge Macedo, “são os próprios concorrentes à construção dos navios que questionam o processo de concurso, que segundo a administração da Atlânticoline, foi entretanto anulado”.

Para Jorge Macedo é importante ouvir as explicações e perceber “porque o Governo Regional nunca disponibilizou o alegado estudo que afirmou ter e que sustentava a alteração da tipologia dos ferries e clarificar as fortes dúvidas quanto à viabilidade e sustentabilidade de uma operação efetuada com aquele tipo de ferries e que o Governo Regional nunca foi capaz de explicar”.