O PSD/Açores quer saber se o Governo Regional tem, “na realidade, uma vontade expressa de reabilitar os Estaleiros Navais da Madalena, uma importante infraestrutura para a economia da ilha do Pico, para, através deles, recuperar uma importante indústria com tradição no Pico e criar alguns postos de trabalho”.
Segundo o deputado Cláudio Lopes, “exige-se essa explicação ao governo, que há mais de quatro anos vem prometendo aos picoenses a reestruturação dos estaleiros”, avançou.
“Como e quando pretende o Governo Regional concretizar essa medida, após terem supostamente falhado algumas tentativas, como o negócio de 2010 com os Estaleiros de Peniche ou outros mais recentes contatos sem frutos”, questionava o social-democrata, num requerimento enviado há 10 meses à Assembleia Legislativa, em que se interrogava sobre “a estratégia concreta da tutela para os Estaleiros da Madalena, depois das promessas eleitorais de 2012”.
Segundo Cláudio Lopes, “foi renovado o compromisso de reabilitar os estaleiros, pelo que, apesar de essa ação não estar prevista na Carta Regional das Obras Públicas, voltamos a perguntar ao governo se vai concretizar a iniciativa na presente legislatura. Já o fizemos há 10 meses, sem nunca obter resposta. Continua a ser esta a postura do Governo Regional”, explicou.
O deputado do PSD/Açores acrescenta que “a promessa feita por Vasco Cordeiro, então secretário regional da Economia, ultrapassava a reabilitação dos estaleiros, e previa o alargamento do leque de serviços a prestar pela infraestrutura: “queremos que o Pico assuma o lugar que é seu por direito histórico na indústria naval (…) este processo insere-se na estratégia do executivo de valorização do mar na economia regional”, cita Cláudio Lopes.
“A medida previa um investimento de 6 milhões de euros que, para além de potenciar uma atividade com vocação histórica no Pico, poderia criar vários postos de trabalho e fixar de mão-de-obra especializada. Passados dois anos sobre tal decisão, nada de concreto aconteceu, e apenas vemos sucessivas negociações falhadas e a degradação contínua de uma infraestrutura deixada ao abandono”, lamentou.