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O Parlamento regional tem-se limitado, com um ou outro momento de exceção, a ser uma caixa-de-ressonância das maiorias absolutas governamentais. E esta realidade tem contribuído para a desvalorização da instituição Assembleia Legislativa.

A opinião pública açoriana sente que um “simples” diretor regional ou de serviços têm mais poder de influência do que os representantes eleitos pelos cidadãos.

Enquanto não se mudar este estado de coisas, a Assembleia Legislativa continuará a trilhar o seu caminho para a irrelevância no projeto da Autonomia açoriana.

Há que conseguir a fórmula mais correta de eleição dos deputados para que os cidadãos se revejam neles como peças influentes na definição de políticas e, até, na tomada de decisão.

O dia em que o deputado depender da sua própria força eleitoral, e deixar de ser mais um entre tantos de uma extensa lista partidária, o seu poder “de facto” será outro.

O escandaloso rácio que temos na Região de 3.947 eleitores para eleger 1 dos 57 deputados regionais – as Canárias, com sete ilhas e 1.580.000 eleitores, tem um parlamento de 60 deputados – tem que ser alterado. Para bem do próprio parlamento e, daí, da nossa Autonomia.