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Os dezoito anos de poder socialista, nos Açores, criaram um sem número de esquemas, de estratégias, de ciclos e de modelos de poder político e social, local e regional, que esgotaram a capacidade de se regenerar.

O Verão de 2014 está a revelar em grande a máquina entropecida em que se tornou o socialismo açoriano, que apesar de ter tido a maior disponibilidade de fundos de sempre, um verdadeiro poço sem fundo, foi incapaz de preparar os Açores para um nível de desenvolvimento que deixe de ocupar o último lugar das regiões de Portugal e uma das piores da Europa!

Mas os Açores, neste contexto de região com um nível de desenvolvimento social e económico abaixo do lixo dos mercados, andam há 18 anos a ser governados por cómodas maiorias absolutas do Partido Socialista que gerem projectos e fundos de muitos milhões de euros, organizados em esquemas de avales e bonificações de juros ou spreads, assumidos pelo poder regional e apresentados como a virtude da finança pública.

São águas tormentosas de alta finança em que se movimentam os dinheiros dos Açorianos, com avales para cobrir dívida coberta pelo assumir de novo de dívida, com juros mais ou menos baratos mas sempre revelando uma coisa: Foi dívida que se venceu e que não se pagou!
Dívida que se vai herdando, de governo em governo, e com estes governos todos do PS, já vai de geração em geração.

Dívida que terá de ser paga, ainda que seja criando nova dívida, esperando que o vencimento um dia não calhe em altura de taxas incomportáveis, senão lá se vai a autonomia, a independência ou o que quiserem, porque governos houve, que hoje e no passado recente, aparentam ser magos na finança pública, e de repente os seus castelos de cartas desmoronam-se, tal como acontece em Bancos que tropeçaram nos esquemas e estratégias de andar a empurar dívida de um lado para o outro!

E isso até nem seria um problema, caso não se reflectisse na nossa capacidade de enfrentar os desafios do futuro sem estarmos apenas à espera que mais uns esquemas, mais umas organizações intermédias, e intermediários políticos, resolvam como se pode gastar os 1500 milhões do próximo quadro comunitário.

Porque, na verdade, ninguém ligado ao poder socialista está deveras preocupado com o desenvolvimento dos Açores. O que motiva a engrenagem socialista é manter a mesma música a tocar, mesmo virando o disco, manter os lugares das administrações disponíveis, as nomeações não esquecerem ninguém que equilibre poderes internos, quais lojas em disputa de clientes para o seu “portfolio”!

Por isso é que passam quadros comunitários e os Açores não conseguem sair da cauda do crescimento económico ou do desenvolvimento social europeu.

Some-se a esta máquina de gerar poder e de lutar internamente pelo poder no partido que governa os Açores há quase duas décadas, a incompetência com que os Açoreanos são brindados com políticos que ascendem a lugares de governação ou de administração por todos os motivos e mais algum mas não pela sua qualificação para o lugar, e damos com a vulcânica combinação em que vivem os Açores.

Na confusão climática deste verão de 2014 vão dando voltas ao disco, mas a música é sempre a mesma!