A sociedade açoriana sofre com as altas taxas de desemprego, de pobreza, de insucesso escolar, de listas de espera na Saúde, de endividamento das empresas públicas, etc.. Mas as nossas piores “dores” advêm do nosso modo de estar na vida.
Somos acríticos, complacentes, ausentes. Acreditamos demasiado no destino. Temos dificuldade em sermos donos do nosso próprio destino. Facilmente entregamos numas poucas mãos o destino da nossa Região. E depois há quem se ache dono destas nove ilhas, destas 246.000 almas que aqui vivem. Há quem faça desta Região o seu “quintal”.
O exemplo do ex-presidente do governo regional, Carlos César, diz tudo! Os 16 anos que esteve à frente do governo não lhe bastaram.
Permitimos que, agora, o seu “escolhido” Cordeiro nomeie toda a família para funções remuneradas pelo erário público regional: o chefe tem uma avença com uma empresa que prestou e presta serviços à administração regional; a esposa sai da reforma para ser contemplada com um reinventado cargo na “Casa da Autonomia”; o único filho foi feito deputado; e a única nora acaba de ser nomeada chefe de gabinete de um membro do governo.
Para quê mais palavras! Temos aquilo que merecemos!