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Na política, o nº2 é, geralmente, o braço direito do líder. É o seu confidente. É o seu “resolve tudo”. É quem cobre o líder nos seus falhanços e quem desaparece para o líder brilhar com as boas notícias.

Há excelentes políticos enquanto nº2. Estão traçados para serem nº2. Servem como nº2, mas põem tudo a perder quando almejam ser nº1.

A política nacional e regional tem fartos exemplos de políticos nº2 que sucumbem quando aspiram à posição de nº1.

Foi assim na política nacional com Balsemão/Sá Carneiro, Almeida Santos/Mário Soares, Fernando Nogueira/Cavaco Silva, e Jorge Coelho/ Guterres.

Nos “reinados” prolongados da política regional também há exemplos de nº2 eficazes enquanto nº2 mas que sucumbiram na sua legítima aspiração ao primeiro posto. Foi assim com Américo Viveiros ao lado de Mota Amaral e com José Contente ao lado de Carlos César.

Há sempre exceções. Aqueles que nunca permitem um nº2: Sócrates, que em qualquer sombra via uma ameaça de eclipse. E aqueles que, depois de terem sido nº1, aspiram a nº2, na tentativa de permanecerem nas luzes da ribalta. É o que está a acontecer com Carlos César em relação ao candidato à liderança do PS, António Costa.