Assistimos a uma remodelação do governo, tirada da cartola por Cordeiro, para criar a ilusão de que algo mudou e na tentativa de quebrar o manancial de más notícias sobre o desemprego, a SATA, as listas de espera na Saúde, o insucesso escolar, as falências das empresas, a pobreza, e as dívidas do governo. E para se livrar de um incómodo político chamado Fagundes Duarte.
Quem aproveitou a oportunidade para galgar mais terreno foi o vice-presidente. Para além de dominar toda a área da política económica e financeira, arrebanhou agora para o seu domínio as políticas de solidariedade social. Ou não fosse o regresso da ex-presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo uma invenção de Sérgio Ávila.
O vice-presidente passou a ter sob a sua quase direta responsabilidade a execução de 78% do orçamento regional. Vamos voltar aos tempos em que a Segurança Social atribuía subsídios a todo o que se movia e que tinha direito a voto.
Numa atitude de “aqui mando eu”, Ávila ordenou a cativação de 25% das verbas do orçamento para 2014. Não fosse algum dos 4 novos secretários pensar que era mesmo verdade o discurso oficial da folga de dinheiro nos cofres da Região, e pôr-se a gastar!