1. Segundo os dicionários, emplastro é uma preparação terapêutica adesiva destinada ao uso externo. Ou poderá ser, também, um remendo ou conserto malfeito. Ou seja, algo que não cura, que não resolve, faz de conta que é a solução.
O emplastro político inspira-se nestas definições. O emplastro político não vale por si. Vale pelo palco em que se coloca. Pelo cabeça-de-cartaz que apoia incondicionalmente. E existe como apêndice de alguém a quem empresta o seu valor na bolsa eleitoral do seu feudo.
Mas o seu feudo não lhe chega para a sua emplumada vaidade. Aspira a outros voos.
Nos hospitais há vários tipos de emplastro. Na política, também há muitos e vestem-se, geralmente, de ridículo.
2.Há uns anos atrás, Carlos César, no fulgor da sua governação regional, comentava, publicamente, o longínquo percurso político de Mota Amaral, afirmando que ele, César, “não se ia arrastar pelas cadeiras do poder”.
A colagem a António Costa e o permanente ataque a Seguro, só indiciam que César já não se lembra do que afirmou sobre Mota Amaral. Parece que os 16 anos à frente do governo regional, somados aos 16 anos que andou pelo Parlamento, não lhe saciaram o apetite. A ver vamos…