O PSD/Açores pediu ao governo regional que faça “um ponto da situação das diligências tomadas para a certificação de produtos açorianos em Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), conforme ficou assente após uma iniciativa parlamentar aprovada há cerca de nove anos”, disse o deputado António Ventura.
O social-democrata recordou que, “o PSD/Açores apresentou, em setembro de 2005, na Assembleia Legislativa, um projeto de resolução para a certificação de um conjunto de produtos da Região, uma iniciativa que obteve a unanimidade dos deputados”, frisou.
“Apesar desse reconhecimento, a verdade é que, passados nove anos, apenas a meloa de Santa Maria obteve uma certificação. De fora continuam o chá de São Miguel, a meloa e o alho da Graciosa, o queijo da Graciosa, a banana dos Açores e mesmo o leite dos Açores”, acrescenta.
Segundo António Ventura, “é importante realçar que, se o leite dos Açores já tivesse uma qualificação comunitária, estaríamos mais preparados para o fim das quotas leiteiras, afinal o reconhecimento comunitário, acima de tudo, oferece aos consumidores um reforço nas garantias ao consumo em aspetos como a origem geográfica, a especificidade e a tipicidade dos produtos”.
“No fundo, é sempre melhorada a competitividade do produto que mereceu esse reconhecimento, daí a nossa crítica, amplamente sustentada, pela enorme e inaceitável morosidade que o governo regional tem imposto a este processo. Que partiu, recorde-se, de uma proposta aprovada por unanimidade em plenário regional, o que diz bem da sucessiva ação dos governos socialistas nos Açores”, afirmou o deputado.
“Com a qualificação promove-se a diversificação agrícola, e disponibilizam-se aos consumidores produtos diferenciados de qualidade ímpar e com maior segurança alimentar. Incompreensivelmente, o governo regional continua a adiar uma das nossas mais válidas e assertivas estratégias”, concluiu António Ventura.