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O PSD/Açores considerou que o Programa Operacional apresentado pelo governo açoriano reconhece os maus resultados das sucessivas administrações socialistas na Região, “que governam os Açores há quase 18 anos. 18 anos em que tiveram dinheiro e tiveram autonomia. Só têm de queixar-se deles próprios”, disse o deputado António Ventura.

O social-democrata lembrou que os Açores apresentam “os piores resultados sociais de sempre em Autonomia. Temos uma crise própria, que advém das opções políticas de quem tem governado os Açores. A culpa não é só externa, a culpa é muito de cá”, afirmou.

“Não saímos do ponto de partida em que estávamos em 2007, porque quer as ameaças e as fraquezas, como os pontos fortes e as oportunidades são as mesmas das identificadas nessa altura, por estes mesmos governantes”, disse António Ventura.

“O principal objetivo apontado também não foi cumprido”, lembrou o deputado, ao recordar que, em janeiro de 2007, o vice-presidente do governo anunciou “a criação anual de 2 mil novos postos de trabalho, referindo a meta clara de ter, em 2013, 121 mil trabalhadores em exercício de funções nos Açores”, citou.

“No final de 2013, tínhamos 100 mil trabalhadores na Região, menos 21 mil do que o anunciado. Talvez o vice-presidente se quisesse referir ao número de desempregados do final do ano passado, pois temos uma taxa de desemprego de 17%, com uma dramática taxa de 40% de desemprego jovem”, disse o deputado.

António Ventura referiu que os Açores apresentam “73% da média do PIB per capita da média europeia. Ou seja, continuamos pobres apesar de termos recebido 2600 milhões de euros de fundos, como o confirma a taxa de pobreza de 17,9”.

Durante o debate, o social-democrata também lembrou que, em 2007, o programa PRORURAL referia que 48% das explorações agrícolas açorianas “tinham baixos rendimentos e 42% dos agricultores tinham idade superior a 55 anos. Em 2014, o PRORURAL+ refere que 58% das explorações têm baixo rendimento e 49% dos agricultores tem idade superior a 55 anos. O nome do programa tem o sinal de + à frente, porque ficamos piores”, criticou.

“Os Açores vivem um paradoxo, pois o seu governo fala em boas taxas de execução e diz que é o campeão da utilização dos fundos comunitários, mas infelizmente não pode chamar a si o título que mais interessa: o de campeão dos resultados”, afirmou.

Para António Ventura, a boa utilização dos fundos comunitários “não pode ser apenas avaliada pela taxa de execução mas, sobretudo, pelo impacto social e económico na vida das pessoas. A lógica tem de ser investir os fundos e não gastá-los”, concluiu.