O presidente do PSD/Açores acusou o governo regional de, em 2013, “em vez de começar a resolver o problema da dívida do serviço regional de saúde, ainda a ter aumentado em mais 50 milhões de euros. A que se juntam o já existente passivo da Saudaçor, a dívida comercial dos hospitais da Região e as responsabilidade futuras no hospital da Terceira, num total de cerca de 1171 milhões de euros”.
Para Duarte Freitas, esta é uma situação “deveras preocupante, mesmo se foi com agrado que ouvimos o governo regional dizer que resolveria o problema com meios próprios. Mais preocupante é que, posto isso, em vez de estar a resolvê-lo, o governo está a agravá-lo”, afirmou.
O líder dos social-democratas elencou as carências financeiras do setor da saúde, e acrescentou “as outras consequências, que se vão agravando com o acumular da dívida. É que, só à EDA, às câmaras municipais e às casas de saúde, os três hospitais devem cerca de 7 milhões de euros”, denunciou.
Mas Duarte Freitas concordou com o vice-presidente do governo – e responsável pela pasta das finanças regionais – em relação à hipotética falta do governo da república com o serviço regional de saúde, dizendo que, “se a República deve, a República tem de pagar”, mas alertando que se tratam “de 63 milhões de euros e apenas 5,3% das responsabilidades que o executivo acumula no setor”.
“O senhor vice-presidente [do governo] continua a querer iludir os açorianos com os números, e abusa de um discurso em que se enreda e leva atrás de si o PS e o governo, que não podem reconhecer as dificuldades financeiras porque esse discurso lhes foi imposto”, criticou.
“É o verdadeiro rei dos paradoxos quando diz que tem superavite, mas os gestores que nomeia têm de dizer aos fornecedores que estão sem dinheiro para lhes pagar. Ou quando diz que está tudo bem, apresenta todas as semanas novos programas de emprego, e tem um desemprego que já atinge os 18 por cento”, concluiu Duarte Freitas.