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Em campanha para as eleições europeias, o líder parlamentar do PS nos Açores veio pedir o voto dos açorianos como um cartão vermelho ao governo da república!

Porquê? – Por causa da austeridade imposta nos últimos anos!

Desportivamente, Berto Messias quer distribuir um vermelho directo numas eleições em que se escolhem deputados e famílias políticas na Europa.

Qual Europa? – A mesma que após doze avaliações e concluído o programa de assistência e, sublinhe-se, de ajustamento, dá por terminada a subjugação do país ao castigo da austeridade.

O PS nos Açores quer dar vermelhos à Europa, precisamente numas eleições europeias.

De cabeça perdida no jogo, o PS quer expulsões aproveitando a impopularidade do adversário que “carregou o piano” durante toda a partida.

Ironicamente, um partido que tem um deputado elegível nas europeias, passa um atestado de desinteresse à sua lista de candidatos. Também, pudera, o cabeça de lista do PS foi o líder parlamentar que lutou pela sobrevivência política do governo que afundou Portugal, o tal que parece achar que um Clio é um “WolksWagen” (do alemão: carro do povo), indigno de um líder parlamentar do PS. O melhor, portanto, é que nem se fale na candidatura europeia do PS.

Não bastasse o PS querer ver-se livre do adversário, a sua família europeia já confunde o que querem os socialistas do sul – deste cantinho à beira-mar plantado com umas ilhas no meio do atlântico – e assistimos ao líder dos socialistas europeus a desmentir constantemente as promessas dos socialistas portugueses.

O melhor mesmo para o PS é que nem se fale de Europa, não se fale de verdade e de realismo. Melhor mesmo é falar-se mal do Governo da República na saída de um programa que, durante três anos, apenas teve oposição populista do PS e do Governo dos Açores.

Que nem se fale de Europa e de como estamos a afastar-nos do “el dourado” comunitário. Estamos mais pobres e menos capazes de enfrentar o futuro, por isso o melhor é falar-se de outras coisas. Nada melhor que não se falar no caos que está o PS e o Governo dos Açores. Fale-se então do rio de euros que está para chegar. Milhões até 2020, um verdadeiro cartão de crédito eleitoral.

Falemos nisso e contra o Governo da República.

Assim, talvez as pessoas se esqueçam de que greves estão é a acontecer aqui, desemprego está a piorar é por cá, demitem-se gestores de topo é nos Açores!

Se o cartão vermelho pedido pelo PS de Berto Messias, Vasco Cordeiro e Sérgio Ávila tivesse uma analogia desportiva recente era mais ou menos como a tentativa de expulsar um jogador do Benfica na véspera do jogo, movendo-lhe um processo disciplinar.

São práticas que já habituaram os açorianos.

A conversa do PS para a campanha das europeias não abona em nada com a importância dos assuntos que estão em cima da mesa.

Mas, também, verdade seja dita que o actual PS dos Açores é uma hipérbole do “princípio de Peter”, todos são promovidos ao grau da sua incompetência!

Por isso querem que se fale de cartões, sejam vermelhos ou de crédito.