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Nunca votaram tantos açorianos para as eleições regionais como os 122.221 eleitores que se dirigiram às urnas nas últimas eleições autárquicas.

Somente nas três primeiras eleições nacionais após o 25 de Abril – Constituinte, em 1975, e Assembleia da República em 76 e 79 – se ultrapassou esta marca de eleitores votantes.

Em 2009, somente 48.941 eleitores se deram ao “trabalho” de irem votar nas eleições para o Parlamento Europeu.

Para além do ceticismo reinante em relação ao sistema politico em geral – fenómeno que não se restringe à nossa Região e ao nosso país -, os cadernos eleitorais regionais são uma farsa. Antes de qualquer eleitor açoriano se ter deslocado às urnas ontem, a abstenção já era de 19,4%; ou seja, os cadernos eleitorais têm cerca de 44.000 “eleitores fantasma”!

Nas eleições autárquicas de 2013, o PS e o PSD apresentaram mais de 7.800 candidatos. Para as eleições de ontem para o PE, os dois maiores partidos apresentaram – e com muita sorte – 2 candidatos identificados com a Região.

O problema, como se pode ver, é outro e muito mais complexo. Não vale a pena diabolizar a atual classe política.

E a história é um bom sítio para se encontrar respostas.