Os Açores participam no XIII congresso nacional dos Trabalhadores Social Democratas (TSD) com aquela que será a sua maior representação de sempre em reuniões magnas dos TSD.
Em representação da Região vão estar presentes em Albufeira 17 delegados eleitos diretamente pelas bases, mais dois delegados em representação das respetivas estruturas sindicais.
O congresso nacional dos TSD deverá reeleger Pedro Roque como secretário geral e, para além de proceder à revisão estatutária, irá debater as propostas de estratégia política e sindical para os próximos quatro anos.
Na moção subscrita por Pedro Roque, intitulada “Portugal 2014 – retomar a esperança”, realça-se que “a insularidade e a ultraperificidade das regiões autónomas são obstáculos naturais que dificultam e condicionam o seu desenvolvimento”, acrescentando que “tal circunstância exige um esforço de solidariedade nacional que atenue os efeitos dessas dificuldades”.
Para os autores da moção, os TSD defendem também que “a Autonomia Regional deve ser progressivamente aprofundada, de modo a que as populações insulares disponham de meios jurídico-constitucionais que permitam aos respetivos órgãos de governo próprio desenvolverem políticas cada vez mais adaptadas às especificidades regionais”.
No caso concreto dos Açores, diz a moção, “os TSD entendem que a situação financeira da Universidade dos Açores coloca em risco os postos de trabalho de muitas dezenas de trabalhadores e manifestam ainda preocupações sobre as incertezas criadas sobre o futuro das delegações regionais da RTP, igualmente com repercussões no plano laboral”.
Segundo Joaquim Machado, presidente dos TSD/Açores, os delegados açorianos apoiam a recandidatura de Pedro Roque à liderança nacional dos TSD e no congresso vão voltar a defender que “os trabalhadores não podem ser os únicos a pagar a crise, os únicos a quem se exige sacrifícios”.
A taxa de desemprego registada nos Açores, a mais alta do país, e o quadro de pobreza quase generalizada que se vive na Região (cerca de 70% dos agregados familiares com rendimentos totais inferiores a 500 euros por mês) são outras preocupações levadas pelos delegados açorianos ao congresso nacional.
De realçar que o secretariado regional dos Açores dos TSD é a sétima maior estrutura do país em militantes, depois de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Setúbal.
