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Pouco 1 – A Fitch é fixe!
A notícia varreu todos os noticiários: “a agência de notação financeira Fitch manteve o rating português a um nível “lixo”, mas melhorou a sua perspetiva (…). Anunciou que a tendência atribuída ao rating português passa de “negativa” para “positiva”. Isto significa que a agência está agora mais inclinada a fazer subir o rating em próximas avaliações”.

Lembro-me que há cerca de 3 anos rogávamos pragas às agências de notação. Mais, excomungávamos uns seres “malignos”, até então desconhecidos do comum dos mortais, que tinham o desplante de atirar este “retângulo e ilhas adjacentes” para o “aterro” mais próximo.

Até se falou que a Europa devia criar a sua própria “agência”. Talvez conseguíssemos umas “notações” mais simpáticas, afagávamos o ego mas adiantava o quê? Nada de nada! Porquê? Porque os mercados desconfiariam que eram “notas” de favor. E quando quem empresta desconfia, … não empresta. Ponto!

Pouco 2 – Vai-te Troika
No caso das dívidas públicas, quem empresta quer ter “garantias” que vai ter de volta o que emprestou com juros. Tudo isso parece complicado … mas é a realidade.

Imagine que alguém lhe aparece à porta a pedir dinheiro emprestado ou sugere que lhe “compre as dívidas”, o que vai dar no mesmo. Empresta? Ah, isso depende! Depende de quê? Depende de acreditar, ou não, que o “pedinte” será capaz de pagar o “próprio” e os juros. Moral da história: só empresta se confiar que ele tem condições para honrar os compromissos? Claro!

Tal como nas famílias … quem gasta mais do que ganha acumula dívida e quem acumula dívidas … muito dificilmente tem condições para pagar os empréstimos … a menos que peça mais empréstimos. Isso funciona até ao momento em que já não há mais ninguém para emprestar … ou só empresta com juros exorbitantes.

Quando, há 3 anos, fomos considerados “lixo” … traduzindo por miúdos, as “agências” quiseram dizer que Portugal gastava (muito) mais do que aquilo que recebia (em impostos), só acumulava dívida e que quem nos emprestasse mais dinheiro … “podia ficar a arder”.

Os juros dispararam e chamamos a “maldita” Troika com 78 mil milhões em troca de um Memorando. Foram os cortes nos ordenados, nas reformas, nos subsídios de Natal e Férias e os aumentos de impostos. Chamaram-lhe “ajustamento”.

Sou incompetente para discutir se a “dose” foi no ponto … mas o certo é que agora os juros da nossa dívida têm vindo a baixar … e até uma das “excomungadas” já anunciou que somos “lixo” … mas pouco.

Na gritaria da esquerda isto é capitalismo selvagem e a especulação financeira em estado puro. É verdade! Sempre podemos voltar a trocar galinhas … por batatas. Não dá é para usar o Multibanco!

Pouco 3 – O “cordeiro” e o “lobo”
Desde o princípio deu para perceber duas coisas: primeira, Vasco Cordeiro escolheu uns Secretários Regionais muito “tenrinhos”; segunda, ao dar-lhe tanto poder, Sérgio Ávila funcionaria, dentro do governo, como uma espécie de “lobo” … no meio do rebanho.

E agora Vasco? Se queria ser pastor, devia saber que um “rebanho” assustado não é fácil de “pastorear”. Se queria ser “cordeiro”, não foi boa ideia alimentar um “lobo”. Agora arrisca-se (também) a ser “tosquiado”!

Pouco 4 – Passos Coelho
Na entrevista à SIC manteve as expetativas lá em baixo. Claro que tem as “costas quentes” pelos resultados positivos da economia, mas recusou-se a puxar dos galões, quase preferindo serem os telejornais a falar disso. Só faltou pedir, por favor, para o PS ganhar (levemente) as Europeias. Mas nisso, … Seguro tem de colaborar. Digo eu!