O presidente do PSD/Açores lamentou que o governo regional “esteja a aplicar o contrário daquilo que foi prometido pelo Partido Socialista na campanha eleitoral” sendo o responsável “pelo maior ataque na história da Autonomia aos cuidados de Saúde dos açorianos em todas as ilhas”.
Duarte Freitas, em declarações à comunicação social, esta manhã, apontou como exemplos desta postura “a decisão atabalhoada e mal explicada do encerramento dos laboratórios de análises clínicas dos centros de Saúde a partir das 16h00 ou a proposta de cortes profundos no regime de subvenções e de reembolsos e a limitação ao número de consultas ou de exames reembolsáveis”, entre outros.
“O candidato do Partido Socialista a presidente do governo nunca disse que a via açoriana era um caminho de cortes nos serviços dos centros de Saúde, de redução na deslocação de especialistas às ilhas sem hospital ou de cortes nas subvenções e reembolsos aos açorianos”, disse o presidente dos sociais democratas açorianos.
Para o presidente do PSD/Açores “não é admissível que este governo proteste contra a austeridade da República e depois aplique nos Açores uma austeridade que nalguns casos é ainda pior uma vez que se destina a cortar serviços nas ilhas mais pequenas e onde o acesso a cuidados de Saúde já é mais difícil”.
No caso das convenções e dos reembolsos, Duarte Freitas aconselhou “o secretário regional da Saúde a ser mais persuasivo com o vice presidente do governo regional”. “Todos percebem que esta proposta de cortes nas subvenções e nos reembolsos só pode ter origem na vice presidência uma vez que um médico não apresentaria, nem concordaria, com uma proposta que se destina a impor um limite ao número de consultas ou de exames que um cidadão pode fazer”.
“Esta não é, seguramente, uma proposta socialista”, como se comprova, salientou, “pelo crescente número de socialistas que já não escondem publicamente que não se reveem nos métodos e nas práticas do governo regional”.
Duarte Freitas espera, por isso, “que o governo regional pondere bem o que está a fazer e recue nos cortes que se prepara para introduzir nas convenções e nos reembolsos, nomeadamente com essa aberração que é a limitação de consultas ou de exames realizados. Todos os cortes nos serviços sociais são maus e estes são ainda piores porque eles são feitos numa altura em que a crise se tem vindo a acentuar”.