Vasco Cordeiro tem um “aliado” na governação da República. Apoia-se na curta memória da opinião pública, que se vai esquecendo de Sócrates.
Vasco Cordeiro tem um aliado nas fracas audiências dos órgãos de comunicação regional e na força dos telejornais das televisões nacionais.
Vasco Cordeiro tem um aliado na falta de massa crítica na nossa Região. Ainda temos 68% dos açorianos que possui somente o ensino básico.
Mas, mesmo assim, o óbvio vem ao de cima.
Em Vasco Cordeiro há um certo declínio na reverência pela autoridade. Porque ele representa um “sucedâneo” de César; porque não conquistou o poder, foi-lhe imposto pelo seu predecessor; porque é contestado no seu Partido, no seu Grupo Parlamentar – basta ler as crónicas de uns quantos dos seus parceiros, na comunicação social; porque Sérgio Ávila sorveu quase todas as áreas da governação da Região; e porque é enlaçado dentro e fora de Sant’Ana pelas “amarras” de César.
Vasco Cordeiro é mais fraco do que pensa, mais fraco que Mota Amaral e Carlos César.
Não basta ocupar a mesma cadeira, frequentar o mesmo Palácio de Sant’Ana para se governar como os seus predecessores.
A fraqueza está a tornar-se a essência do poder de Cordeiro.