Vasco Cordeiro está em Sant’Ana há uma ano e meio. Tempo suficiente para se poder avaliar o seu real poder.
Com ele, a perceção do poder não condiz com a capacidade para resolver os problemas.
Com ele, as expetativas para fazer coisas excederam, e em muito, as responsabilidades.
Vasco Cordeiro não tem os recursos nem o poder político para fazer o que as pessoas esperavam dele, como presidente do Governo Regional.
Há um desfasamento entre o que ele pode fazer e o que deve ser feito em relação a vários dossiers da governação.
A SINAGA desboroa-se em dívidas sem solução à vista.
A Santa Catarina, em São Jorge, é um sorvedouro de dinheiros públicos sem conseguir enraizar uma estratégia duradoira de sustentação.
A SATA deixou de ser um instrumento criador de riqueza para se tornar num laboratório de experiências e uma pousada de juventude.
O famigerado Hotel Casino e as Termas da Ferraria e das Furnas deram cabo de um certo arrivismo empresarial e são um monumento à ineficácia da gestão socialista dos dinheiros públicos.
Vasco Cordeiro tem menos poder do que se pensa.
Vasco Cordeiro adquiriu o poder de maneira fácil, mas está sendo difícil usá-lo e vai ser mais fácil perdê-lo.