Skip to main content

O PSD/Açores criticou a alteração, promovida pelo governo regional, dos estatutos da Azorina, SA, considerando que se trata “de fortalecer uma empresa pública que acumula prejuízos, e à qual se atribui todo o património e exploração da fileira florestal da Região, bem como a sua comercialização”, disse o deputado Luís Rendeiro.

Durante o debate, que terminou com os partidos da oposição a votarem contra a referida alteração, o social democrata exemplificou, dizendo que a Azorina, “criada em 2010, apenas com os votos favoráveis do PS, serve para construir e gerir centros interpretativos, mas adia os planos de ordenamento das bacias hidrográficas das lagoas”.

Luís Rendeiro lembrou igualmente o anúncio “da forte aposta na exploração da fileira florestal regional, em torno da qual o presidente do governo repetiu, por diversas vezes, a promessa da criação de mil postos de trabalho. Vou repetir o número: mil postos de trabalho”, disse.

“A criação de empresas como a Azorina é uma prática característica dos governos do PS, e muito particularmente do seu vice-presidente. Duplicam-se funções das estruturas e serviços tradicionais das entidades governamentais, e invariavelmente acumulam-se prejuízos”, criticou.

“A Azorina é uma espécie de Saudaçor do ambiente e das florestas, que acabou o ano de 2013 com dívidas ao fisco e à segurança social. Tem um passivo acumulado superior a 13 milhões de euros, dos quais 4 milhões são dívidas a fornecedores. Isto apesar das constantes injecções de capital, como a última conhecida, que foi de 1,3 milhões de euros”, acentuou.

Luís Rendeiro acrescentou que “a Azorina é mal gerida. E é o Governo que nomeia os conselhos de administração, sendo assim responsável por este estado de coisas”, condenando agora “uma acção que vai colocar uma entidade pública a distorcer o mercado e a concorrer com os privados, abrindo a porta à perversão total do sector”, considerou.

Segundo o deputado do PSD/Açores, “não ficou definido o destino final das receitas e proveitos eventualmente obtidos pela comercialização dos produtos florestais. Mas as competências na área florestal passam cada vez mais da Secretaria Regional dos Recursos Naturais para a vice-presidência do governo”, frisou.

Assim, “cada vez mais, é a vice-presidência, e só a vice-presidência, que detém o poder neste governo. Sérgio Ávila, neste governo, vai adquirindo o dom da omnipresença e da ubiquidade. E fica um rasto de contas por pagar”, concluiu.