Os Açores devem estar preparados “para saber responder às novas realidades mundiais, trabalhando para atenuar efeitos negativos dessas realidades, mas também para aproveitar todas as potencialidades que derivam da nossa localização”, defendeu, na ilha Terceira, o presidente do PSD/Açores.
Duarte Freitas, que falava à comunicação social no início das jornadas parlamentares do partido, que estão a decorrer na Praia da Vitória, considerou, por isso, que “face às novas realidades políticas, tecnológicas, económicas e estratégicas neste novo mundo multipolar temos de tomar nas nossas mãos esses desafios e dar as respostas necessárias a essas exigências, mas também aproveitando novas dinâmicas para que os Açores tenham de novo um papel muito importante no Atlântico”.
O líder dos sociais democratas recordou que essas potencialidades “não derivam apenas do acordo de parceria comercial que a União Europeia está a negociar com os Estados Unidos”.
Por exemplo, acrescentou, “existe uma nova realidade global que deriva do papel que está a ser desempenhado pela Rússia e que vai obrigar a uma reflexão sobre a realidade da base das Lajes ao abrigo dessa nova postura”.
Existem também “projetos interessantes para os Açores como é o caso da nova realidade tecnológica no transporte marítimo de mercadorias, com navios movidos a gás ou o acesso ao gás dos Estados Unidos que, como se sabe, tem um custo substancialmente inferior ao do gás europeu”.
“Existem muitas oportunidades que podem ser aproveitadas mas que exigem, dos Açores, uma cuidada reflexão para que estas oportunidades não venham a ser desperdiçadas”, disse.
Questionado pelo jornalistas sobre declarações do vice presidente relacionadas com a situação financeira da Região, Duarte Freitas desafiou o presidente do governo regional a pronunciar-se sobre essas mesmas declarações.
“O vice presidente do governo fala sobre as contas públicas regionais sabendo que todos os dias há empresários com grandes dificuldades e trabalhadores a ser despedidos porque o governo regional não paga o que deve”.
Este facto, sustentou, “é um verdadeiro paradoxo uma vez que as declarações do vice presidente do governo não correspondem às dificuldades que as empresas e as famílias sofrem todos os dias porque o governo regional não assume ou não cumpre os seus compromissos”.