Skip to main content

Os Açores continuam a ser notícia pelo aumento dos desempregados inscritos, em contra-ciclo com o resto do país.

O desemprego jovem atinge metade dos jovens em idade activa. É um flagelo social com todas as funestas consequências que se vão alastrando e que não auguram nada de bom para o futuro da região.

As novas gerações são as mais bem preparadas de sempre, todos o afirmam. Mas são cada vez mais os jovens que embarcam na necessidade da emigração, por terem perdido a esperança de encontrar soluções de futuro na sua terra.

Recentemente, fomos brindados com mais um anúncio do Governo que promete assegurar, para os jovens, uma colocação num prazo de 4 meses.

É mais um programa ocupacional, entre tantos outros que, vá-se lá perceber, o PS Nacional e o seu líder criticam abundantemente lá fora, mas que cá proliferam recheados de orgulho socialista!

Já se perdeu a conta ao número de anúncios que o governo e o PS, em particular a JS, têm feito de soluções, mais ou menos, milagrosas para os jovens dos Açores. Uma qualquer pesquisa na Internet pelos termos “Açores emprego jovem JS” revela a quantidade de marketing político que o actual poder regional tem vindo a fazer com este problema. São programas, manifestos, declarações e propostas legislativas para todos os gostos e ocasiões.

Os jovens açorianos têm sido sucessivamente enganados, sendo levados a acreditar em mais uma manobra de propaganda destinada a criar expectativas que, invariavelmente, não se concretizam.

Como se não bastasse, a falta de equidade intergeracional do actual poder regional – que deixará para as gerações futuras uma enorme factura para pagar em PPPs e quejandos – os jovens que hoje são empurrados para fora da região ainda têm de levar com o recorrente conjunto de promessas e programas, verdadeiras falácias em torno da sua vontade em encontrar na região uma oportunidade de retribuírem com os seus conhecimentos o investimento, feito pelos seus pais, na sua formação.

A transportar as bandeiras da publicidade enganosa que, ciclicamente, é dirigida aos jovens açorianos, vão aparecendo aqueles a quem não toca a dificuldade de procurar realização profissional. Geralmente são os que menos formação e competências demonstram mas que, submissamente, juram a pés juntos que mais um programa e mais uma iniciativa irá responder aos anseios dos seus pares. Por vezes, até oferecem umas inscrições na juventude do regime instalado, há 17 anos, como uma espécie de carta de referência para o sucesso profissional.

A cada dia que passa cresce o número de jovens que emigram para não engrossar, ainda mais, as filas do desemprego regional. Muitos outros acrescentam, sem culpa formada, mais dificuldades a agregados familiares já, excessivamente, afectados pela maior crise social da democracia autonómica.

Há um programa não anunciado e em execução nos Açores: a exportação de uma geração!