O PSD de Angra do Heroísmo está preocupado com a anunciada abertura do Teatro Angrense, de 1 a 4 de março, para receber as danças e bailinhos de Carnaval, considerando que poderá “estar em causa a segurança de quem for assistir às atuações, assim como dos grupos que lá se apresentarem”, disse o presidente da concelhia social-democrata, Luís Rendeiro.
“São públicos os graves problemas existentes na estrutura do Teatro Angrense, sendo os mesmos resultantes de uma intensa infestação por térmitas, que afeta várias zonas do edifício, incluindo a sua cobertura e a teia do palco”, lembrou.
“Isso já levou a que o Teatro Angrense não abrisse as suas portas no Carnaval do ano passado, tendo-se mantido encerrado desde então. E esse encerramento foi sempre justificado pela Câmara Municipal com as já frisadas razões de segurança”, reforça Luís Rendeiro.
O responsável pelo PSD local, recorda que, “a 12 de julho de 2013, foi anunciado um investimento de 2 milhões de euros em obras de reabilitação, uma intervenção que arrancaria este ano e que estaria concluída em 2015. A então presidente da câmara, Sofia Couto, assumiu que o edifício estava debilitado, pelo que não se compreende que, um ano depois, e sem terem sido realizadas as prometidas obras de fundo, o teatro reabra para o Carnaval”.
Segundo Luís Rendeiro, “não se conhece qualquer inspeção realizada ao Teatro Angrense, por exemplo pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil, que possa garantir a segurança de artistas e espetadores. Como é possível que, o que há um ano não tinha condições, esteja de repente apto para albergar centenas de pessoas”, questiona.
“Estão em causa a segurança e o bem estar das pessoas, e tememos que a câmara esteja a tratar este assunto com demasiada ligeireza”, adianta o social-democrata, acrescentando que “a manutenção das aparências e a vontade de parecer bem podem ter consequências muito graves, e são essas consequências que o PSD quer evitar”, disse.
