O PSD/Açores congratulou-se com o facto da Região Autónoma estar representada na visita oficial do Presidente da República à comunidade portuguesa de Toronto, que ocorre no final desta semana.
O convite ao presidente do governo regional para se deslocar ao Canadá surgiu depois de um requerimento dos deputados social-democratas entregue no parlamento açoriano, que se intitulava e pretendia “Respeitar e Afirmar os Açores na Diáspora Portuguesa”.
O requerimento de 29 de janeiro, subscrito pelo deputado José Andrade, questionava “se a Região Autónoma dos Açores foi convidada, através do governo regional, para acompanhar a visita oficial do Presidente da República às comunidades portuguesas, especialmente açorianas, radicadas nas cidades de Toronto e San Francisco”.
Na sua resposta de 17 de fevereiro, o governo regional informa que “no passado dia 7 de fevereiro, o chefe da Casa Civil do Presidente da República contactou com o presidente do governo transmitindo-lhe que o Presidente da República gostaria de contar com a sua presença na sua deslocação a Toronto”, designadamente, por ocasião do encontro com a comunidade portuguesa, a 28 de fevereiro, e na visita à Luso-Canadian Charitable Society, a 1 de março.
O grupo parlamentar do PSD/Açores congratula-se com “o reconhecimento de que os órgãos de soberania de Portugal não podem visitar as comunidades portuguesas do Canadá, que são maioritariamente açorianas, sem uma representação oficial da Região Autónoma dos Açores”.
Os deputados social-democratas acrescentam que seria natural o governo regional tomar a iniciativa de participar na Cimeira Mundial dos Oceanos, que justifica a deslocação do Presidente da República a San Francisco, Califórnia, nesta mesma oportunidade.
No requerimento que dirigiu ao governo regional através do parlamento açoriana, o PSD/Açores salientava que “a emigração açoriana no Canadá, especialmente radicada na área metropolitana de Toronto, acumulou, nos últimos 60 anos, cerca de 400 mil naturais ou descendentes das nossas ilhas, correspondendo, aproximadamente, a 70 por cento da comunidade portuguesa em geral”.
“Trata-se aqui de reconhecer a preponderância açoriana na diáspora portuguesa da América do Norte e, sobretudo, de respeitar os órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores”, concluíram os parlamentares sociais democratas.