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A Agenda para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial tem um ano. Surgiu após a tomada de posse do atual Governo Regional, da responsabilidade de Vasco Cordeiro e Sérgio Ávila. O seu objetivo primordial era o ataque ao crescimento do desemprego em curso na economia açoriana. Indubitavelmente, o principal flagelo criado pelos 17 anos de governação socialista.

Era prioritário minimizar esse problema. Era essencial dar resposta aos Açorianos mais fragilizados. Os que tinham sido arrastados para essa situação em anos anteriores.

Manifestamente preocupado com o problema, e embora reconhecesse algumas falhas flagrantes da Agenda, o PSD/Açores deu, assim, apoio quanto à sua concretização. Impunha-se uma assumida conjugação de esforços.

A Agenda integrava 60 medidas e a expetativa criada era de que, com a sua implementação, o desemprego fosse atenuado. Na verdade, não foi isso que aconteceu. Um ano depois, comparando o ano de 2013 com o anterior, em termos de desemprego médio, constata-se que o problema se agravou. Conta-se agora com ainda mais 2 mil desempregados.

Ou seja, o desemprego não foi sustido. Pelo contrário, e até ao arrepio do que se tem passado em termos nacionais, agravou-se e atinge hoje 21 mil Açorianos. Com todas as consequências dramáticas que a situação acarreta.

É agora, decididamente, motivo de ainda maior preocupação. Designadamente porque se revela com números ainda mais assustadores, nunca antes atingidos em tempos de Autonomia. E tem havido uma manifesta incapacidade no combate que, teoricamente, tem sido conduzido pelo governo socialista. É um redondo falhanço na atuação do governo de Vasco e Ávila.

Tendo em conta esse facto, impõe-se um ponto de situação da aplicação da Agenda. Para conhecer os motivos que levam a que não esteja a produzir resultados. Para saber em que domínios, e em que medidas, a mesma não está a resolver o problema e até o está a agravar.

É essa a via responsável. A única que permite fazer correcções de percurso e caminhar para soluções adequadas.

Perante o acentuar do problema, que então era já evidente, o PSD/Açores, em Agosto de 2013, solicitou elementos tendentes a fazer um balanço. Seis meses depois, incompreensivelmente, o governo continua sem responder.

Ainda na semana passada, o problema foi colocado novamente. Desta vez, os socialistas disseram que era ainda cedo para fazer um ponto de situação da Agenda. Curiosamente, em Setembro, congratulavam-se por já estarem executadas 60% das medidas que a integram.

Explicações, a zero. Publicidade, à velocidade máxima.

O governo falha e escusa-se a explicar os contornos do seu falhanço. Prefere continuar pelos caminhos da propaganda. Tenta contrariar o que está à vista de todos. Designadamente, de quem é diretamente afetado pelo problema.

Os desempregados açorianos, e as suas famílias, continuam sofrendo. É essa a sua realidade que, infelizmente, não se altera com os exercícios de fantasia com que os socialistas açorianos tentam mascarar o problema.

O desemprego, depois de um ano de Agenda, agravou-se. Intensificou-se o problema mais gritante da sociedade açoriana.