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A notícia 1 – Tudo igual
Passaram as autárquicas, veio o Orçamento e chegamos ao Natal. Passou Janeiro e entramos em Fevereiro. Discutiram-se as 35 horas e Remuneração Complementar … mas também já passou.

Como Costa Neves gostava de repetir, já os Delfins cantavam “que ao passar um navio, fica o mar sempre igual”. É verdade, ficou tudo igual!

O desemprego agonia as famílias e o paliativo são “programas ocupacionais”. Ocupam desempregados… mas não são empregos. Empregos criam-se com empresas e estas, à rasca para manterem a porta aberta e aguentarem os que têm, não conseguem contratar mais.

O Hotel Casino continua lá depois das promessas de resolução, habituais na demagogia eleitoral. O que nasceu torto, para dar “boleias” aos protegidos do regime, tarde ou nunca se endireita.

As Termas das Furnas são uma nódoa e as da Ferraria e do Carapacho esperam por um processo contra o arquiteto. Que tal “processar” também o Governo que avaliou os projetos e fiscalizou as obras? Se um é incompetente … o outro não fica atrás.

As passagens continuam a custar… meia volta ao mundo! Íamos pagar 150€ por uma ida e volta a Lisboa mas a promessa já tem um ano e meio. Ah, mas o atraso é de Lisboa. Um atraso conveniente! Tão conveniente que não se ouve aqui uma única palavrinha do Governo. Serve de desculpa cá dentro… e a SATA não se incomoda com a concorrência lá de fora.

O “Mercado Interno”, promessa de Vasco Cordeiro, não passou disso mesmo. Com poucos sectores exportadores competitivos, as nossas produções podiam, ao menos, substituir importações. Mas quem é que investe para produzir, ou aumentar a produção, se está limitado ao consumo da própria ilha? Sem transporte ferry inter-ilhas o “mercado interno” fica … sempre igual.

Passado um ano, o que é que este Governo já fez? Tal como o “barco”, passou … e ficou o mar sempre igual.

A notícia 2 – Fundos comunitários
Fechadas as negociações de Lisboa com Bruxelas, a República já garantiu 1546 milhões de euros para os Açores. Até 2020, são 855 milhões do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, 290 milhões do Fundo Social Europeu e 295 milhões do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Regional.

Isso tudo soma 1440 milhões aos quais se juntam 106 milhões do Fundo de Coesão.

É dinheiro aos trambolhões, conseguido num cenário de retração do Orçamento Comunitário. Uma espécie de Euromilhões!

Mas não vale a pena dizerem que a generosidade resulta da “boa execução” açoriana dos Fundos Comunitários. “Boa execução” significa apenas que gastamos o dinheiro todo. Não significa que o gastamos bem.

Isso é tanto mais verdade, quando todos sabemos que a argumentação de Lisboa, para que Bruxelas nos passe cheque, assentou no facto de continuarmos a ser uma das regiões mais pobres da Europa.

A notícia 3 – Pagar para turista vir
O Governo Regional anda a pagar a um operador 130€ por turista desembarcado. É uma prática normal nos destinos com baixa notoriedade. Deixa de ser “normal” quando esse operador ameaça abandonar o destino Açores, se o Governo Regional alargar a benesse a outro operador do mesmo país.

A isso chama-se “canibalização do destino”. E o Governo deixou-se (mesmo) “comer”!

A notícia 4 – Praxes
Eu fui praxado! Pintaram a manta com a mobília do meu quarto. Tive de decorar o “Editorun Caloirorun”. Fui julgado pelos “veteranos”. Respondi às “acusações” com uma pronúncia micaelense tão cerrada que apenas os açorianos que assistiam perceberam.

Diverti-me com as gargalhadas dos que me entendiam. Fui “ilibado” porque ninguém quis fazer de “intérprete”. Começaram aí boas amizades!

Então, acabem com os exageros estúpidos (e trágicos) … para a “praxe” não acabar!