Portugal comprometeu-se, perante a Troika, a atingir um défice orçamental de 5.5% do PIB em 2013. A estimativa conhecida na semana passada aponta para que o défice tenha sido de 4.6%. Ou seja, um objetivo alcançado e até ultrapassado em quase um ponto percentual.
Como dizia uma personalidade de credibilidade reconhecida na área, situada fora do sistema partidário, Portugal, pela primeira vez em muitos anos, conseguiu cumprir metas orçamentais a que se comprometeu, em simultâneo com bons sinais existentes na economia.
Quem o disse, afirmava também que essa razão era mais do que suficiente para que houvesse satisfação generalizada, sendo um facto merecedor de aplauso.
A verdade é que houve quem não aplaudisse. E estava, obviamente, no seu direito. Mas a reação dos partidos de oposição a nível nacional, e em particular dos socialistas, é que foi de pasmar. Não conseguiram sequer disfarçar. Ao contrário de satisfação, apresentaram-se com manifesto incómodo.
Os socialistas, como se sabe, têm sempre corrido atrás do inêxito das medidas que têm sido adotadas. Medidas que a sua governação tornou obrigatórias, uma vez que a restruturação orçamental em curso decorre da forma desastrosa como conduziram o país. Apesar de, com total falta de vergonha, terem ousado culpar o atual Governo da República pela política de forte austeridade que implementou, quando a respetiva negociação foi de total responsabilidade socialista.
Mas o tiro saiu-lhes completamente ao lado. Vamos aos factos.
Disseram que a economia portuguesa iria entrar em espiral recessiva. Afinal, os dados mais recentes dão nota de uma paulatina recuperação a diversos níveis. Nos dois trimestres intermédios de 2013, o PIB cresceu. Há dados que apontam para que no último trimestre do ano o crescimento tenha sido mais pujante. As exportações apresentam uma “performance” que nunca tinha sido antes alcançada. O desemprego está em rota de descida, ao contrário do que tem acontecido por cá.
Estando a fazer-se uma forte consolidação orçamental, é francamente reduzida a possibilidade de utilizar devidamente os únicos instrumentos que o governo tem à disposição para estimular a economia, os de natureza orçamental, uma vez que a política monetária é gerida por mãos europeias. Mesmo assim, embora ainda de forma ténue, a economia portuguesa está a reagir positivamente. Ao contrário do que vaticinaram os socialistas, em clima eleitoral desde 2011.
Disseram também que o governo devia rever as metas com a Troika. Foi o que aconteceu. Dizem agora que o resultado só foi alcançado porque as metas foram revistas. Tamanha confusão e justificação infantil para o desabar do cenário maldoso que desenharam, na esperança de que as coisas corressem mal. O cenário foi agora destruído.
A realidade desmontou o discurso socialista. Têm agora de montar um novo discurso. Por isso, fizeram cara zangada quando souberam dos dados mais recentes.
Mas as notícias são positivas para Portugal. Os socialistas é que não gostaram. Aliás, com manifesto desrespeito pelo acentuado esforço dos portugueses.
Os socialistas, pelos vistos, gostam apenas de si próprios!