Skip to main content

O PSD/Açores acusou o Governo Regional de ter criado “falsas expectativas” aos terceirenses “com a ligação marítima direta entre a Terceira e o Continente. Uma ligação que foi sol de pouca dura, pois nem se manteve um ano a funcionar, tendo terminado em agosto de 2012”, disse o deputado António Ventura.

“Em dezembro de 2011, o então Secretário Regional da Economia e atual presidente do governo, Vasco Cordeiro, anunciou, com grande pompa e circunstância, a criação de ligações marítimas quinzenais entre a Terceira e o Continente. Foi o que se viu”, lembra o social-democrata.

Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, Ventura afirma que “a crise não foi a responsável por esse insucesso, pois a ligação marítima foi publicitada já em contexto de crise, fazendo crer que seria duradoura. Até parecia que a Terceira tinha, finalmente, conseguido alguma atenção do Governo Regional nesta área dos transportes marítimos”, acrescenta.

O deputado do PSD/Açores questiona o executivo sobre o facto, querendo saber “se o Governo Regional considera que uma ligação marítima direta entre a Ilha Terceira e o Continente é dispensável. Se não, porque razão a mesma não foi reposta, seguindo as declarações do agora presidente do governo, em 2011?”, interroga.

“Pelo contrário, não se ouviu do Governo Regional qualquer palavra sobre a supressão da ligação. Calados, caladinhos, para serem poucos os terceirenses a saberem da quebra do compromisso anunciado”, critica António Ventura, lembrando, “em especial, os comerciantes e empresários, que agora têm de esperar mais tempo para expedir e receber as suas mercadorias”.

“Perante isto, a Ilha Terceira perde dinâmica, perde capacidade para criar empresas e para fixar pessoas. Perde eficácia no transporte marítimo, e vê-lhe negado o valioso contributo que pode dar ao desenvolvimento dos Açores, atendendo à sua posição geográfica”, lamenta o deputado do PSD/Açores.

António Ventura diz ainda que o PSD/Açores, “já por várias vezes defendeu um modelo intermodal entre os transportes marítimos dentro da Região, e entre esta e o Continente. Essa intermodalidade deve existir igualmente entre os transportes marítimos, terrestres e aéreos, e para se conseguir esse objetivo a Ilha Terceira é parte central da solução”, concluiu.