O PSD/Açores considerou que o Governo Regional “esqueceu completamente a infestação por térmitas na Região, uma realidade que está sem controlo”, afirmou o deputado Luís Rendeiro.
Para o parlamentar do PSD/Açores, “as medidas implementadas, no que diz respeito aos apoios para as pessoas com casas infestadas, são escassas, apresentam uma carga burocrática excessiva e têm como alvo uma franja da população que não é aquela que é proprietária dos imóveis em questão”.
Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o social-democrata lembra que o orçamento regional para 2013 “apresentava uma verba atribuída para lidar com a temática das térmitas de apenas 36800 euros. Para o corrente ano de 2014, tal verba foi reduzida para 32880 euros”, disse, recordando também que o governo “se recusou a responder em Plenário às questões colocadas pelos deputados da oposição relativas à problemática das térmitas”.
“Durante o debate, o deputado Paulo Borges referiu existirem projetos e iniciativas em curso, dos quais não poderia dar conta pelo facto de os mesmos estarem numa fase negocial que obriga a sigilo. É criticável essa postura oficial, em que apenas um deputado tem informações sigilosas, e a que todos os outros não têm acesso”, criticou Luís Rendeiro.
“O certo é que os mais prestigiados investigadores da Região assumem que há edifícios, incluindo edifícios públicos e históricos, em risco de ruir, e que não se combatem as térmitas por falta de dinheiro. Assumem também que as térmitas nos Açores estão sem controlo”, afirmou.
“A térmita de madeira seca constitui a praga urbana mais importante nos Açores, e os seus impactos económicos e patrimoniais têm suscitado uma preocupação considerável junto de muitos cidadãos e da comunidade científica”, explicou o deputado do PSD/Açores, considerando que o seu combate “devia ser uma prioridade da ação governativa”.
“Queremos saber quais são as medidas que o Governo tem para efetivamente combater esta praga, e como serão aplicados os 32880 euros orçamentados. Seria de todo o interesse que fossem igualmente divulgadas as iniciativas em curso a que o deputado Paulo Borges teve conhecimento privilegiado, e por que razão é que as mesmas não podem ser do conhecimento dos outros parlamentares”, concluiu.