Inicia-se 2014! Feliz ano novo!
Mas o novo ano começa com o dilema agudo do dito socialismo dos Açores, a tentar perceber como se adaptar a uma realidade em que o País começou a dar sinais de recuperação e dá indicadores de melhores tempos para os Portugueses, e os Açores afundam-se numa crise que é também uma crise de modelo e de comportamento político.
Os Açores socialistas perderam o rumo e andaram, em plena entrada da crise na região, mais preocupados em dizer que a crise chegava mais tarde e saía mais cedo!
Pois a crise deve ter gostado do que viu, decidiu montar arraiais, e está para durar!
Anda muita confusão na cabeça daqueles que tudo dizem para justificar o impensável: que uma Região governada sempre pelos mesmos vai para 18 anos e com milhões e mais milhões de euros de fundos perdidos continua sem ter um rumo para a sua agricultura, um turismo à procura de modelo, transportes e mobilidade interna que não respondem aos desafios, pescas na encruzilhada da sustentabilidade, e uma aparência de normalidade que evidencia que tudo irá continuar a ser o que é, mais fundos comunitários, e os mesmos em volta do repasto, uns sentados à mesa, outros esperando lugar, e muitos de olhos nos restos!
E é grande a confusão ideológica do socialismo que brota nas mentes de alguns que dizem, por um lado, que há impostos a mais, mas acham que faz mais falta o dinheiro a uma Câmara que diz não ter falta de dinheiro, do que a falta que ele faz na frágil economia da ilha Graciosa, nas mãos dos seus contribuintes.
Por outro lado, nas mesmas cabeças, faz todo o sentido compensar com mais cento e tal euros por mês quem ganha mais de 2000 euros, desde que trabalhe no sector público, mas não aliviar cento e tal euros por ano a quem, na privada, consegue ganhar os mesmos 2000 euros mensais.
No caso da Graciosa, ficamos sem saber o porquê de tanto fazerem tanta falta 70 mil euros de IRS pagos pelos contribuintes da ilha e que podiam voltar para os seus bolsos.
Mas o socialismo tem destas coisas, quando exercido a pensar apenas na sua auto-recriação com o dinheiro dos outros.
Na região vamos vendo glórias de lata, perdidos nas jogadas internas das danças de cadeiras no partido do poder, sem haver ideologia que resista quando o sistema já só se preocupa com a sua auto-subsistência, numa pequena ilha como a Graciosa o reflexo deste sistema político leva o repasto dos dinheiros públicos, sejam os comunitários sejam o dos impostos dos Graciosenses, a servir sempre a sobrevivência de quem já há muito só pensa no seu umbigo!