Skip to main content

O presidente do PSD/Açores considerou ser necessário “um reforço das verbas para o setor agrícola que seja consentâneo com o habitualmente inscrito no Plano e Orçamento da Região”.

Duarte Freitas, em declarações à comunicação social, no final de um encontro com a Federação Agrícola dos Açores, lamentou que se registe “uma quebra de seis milhões de euros” disfarçada “pela forma como o governo regional apresenta os documentos este ano”.

“Regista-se uma quebra de seis milhões de euros”, disse Duarte Freitas, duvidando das explicações do executivo açoriano: “o governo regional diz que esta redução é compensada pelos fundos autónomos e por fundos comunitários, mas para fazermos esta análise teríamos também de fazer a análise semelhante nos anos anteriores”, afirmou.

O líder dos sociais democratas açorianos referiu que tem recebido “sinais muita preocupação” por parte dos parceiros sociais, defendendo, por isso, um reforço dos montantes para a agricultura. “Pelo menos de forma consentânea com o que vem sendo habitual no Plano e Orçamento”, afirmou.

Duarte Freitas lamentou por isso a estratégia seguida pelo governo regional, que parece mais interessado em disfarçar algumas coisas: “Para tentar de novo criar a impressão de que as verbas não diminuem criou-se um novo esquema de falar das verbas globais, incluindo os fundos autónomos e aquilo que são fundos que noutros anos não eram contabilizados. Se contabilizarmos estes fundos também noutros anos aquilo que verificamos é que há de facto um prejuízo para o setor agrícola”, argumentou.

O presidente do PSD/Açores considera, ainda, essencial a aposta na agricultura regional. “É a agricultura que garante que não se aumente as importações e até, de alguma forma, se compense com muitas exportações. É a agricultura que tem um papel fundamental no tecido social e económico da Região”.

Duarte Freitas recordou existirem neste momento “mais de 300 projetos que concorreram a fundos comunitários que não têm cabimentação e que correm agora o risco de serem devolvidos”. “É o caso de cerca de 40 de reformas antecipadas que num futuro Quadro Comunitário de Apoio não irão ter apoios”, disse, lamentando “a falta de atenção para conseguir apoiar estes projetos e para que, pelo menos aqueles que possivelmente não terão enquadramento no futuro quadro comunitário, pudessem ter prioridade”.

O presidente do PSD/Açores lamentou ainda o comportamento que tem vindo a ser seguido pelo governo regional e pelo Partido Socialista “que têm vindo a atacar com alguma agressividade os parceiros sociais”. Esta postura “demonstra alguma desorientação no momento em que seria necessária muita ponderação para resolver os gravíssimos problemas na região como se verifica pelos números trágicos do desemprego”.